A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) inaugurou, em março, a primeira unidade para armazenagem e negociação de grãos. A estrutura fica ao lado do parque da Expoagro Afubra, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo, e se transformou em um acertado investimento. Inicialmente, foram aplicados R$ 24 milhões. Outros R$ 18 milhões custearão a ampliação da capacidade instalada.

O diretor-presidente da Agro-Comercial Afubra, Romeu Schneider, reforça a importância da iniciativa da entidade. “Foi muito bom o investimento e veio em uma hora adequada para operar com toda a segurança”, destaca. Ele justifica com os números de armazenagem e consequente negociação dos grãos. A primeira remessa foi de soja, com recebimento de 635 mil sacas no total. “Em 34 dias havíamos completado a capacidade instalada da unidade”, comemora.

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A capacidade estática – ou seja, o volume total que pode ser armazenado em um mesmo momento – é de 502 mil sacas de grãos. Contudo, como o produto gira, por conta da comercialização, a quantidade de sacas que já ingressaram na unidade é muito maior: já foram 822 mil desde a inauguração.

Isso porque, terminado o período da soja, o foco foi para o trigo a partir de novembro. Foram mais 101 mil sacas recebidas. Atualmente está com milho, já tendo contabilizado 86 mil sacas e ainda em atividade. Com toda essa movimentação, que recebe a colheita de produtores da região, houve a necessidade de ampliação.

Com novo investimento, haverá espaço para mais 326 mil sacas. E, se o mercado não tivesse apresentado tamanha elevação nos custos para a construção, uma nova unidade seria montada em Arroio do Tigre. A área já foi adquirida, mas para fazer uma estrutura semelhante, que demandou R$ 24 milhões, seriam necessários R$ 46 milhões.

“Fizemos uma avaliação do comportamento do mercado, em especial, apurando o custo de instalação da nova unidade. Então, vamos aguardar”, explica. A equipe também projeta alguma dificuldade na captação dos grãos na safra atual, porque deve ser confirmada quebra de entre 20% e 30% da colheita, devido ao período de estiagem, sobretudo na soja. “Essa diminuição deve ser compensada com o aumento do preço para o produtor, que vem apresentando elevação”, ameniza.

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