As entidades representativas dos fumicultores assinaram protocolo com a definição do índice de reajuste no preço do tabaco com a segunda empresa. Depois de fechar com a JTI, na segunda rodada de discussão entre indústrias e produtores, agora a BAT definiu o quanto será aplicado. No primeiro encontro, em dezembro, havia proposto 13,8%; no final de janeiro, aumentou para 15,4%; e conclui a negociação a 18,79% de forma linear, possibilitando a readequação em algumas classes.
Com o ajuste da tabela, a BAT torna-se, novamente, a que tem os maiores valores no setor do tabaco. Segundo o tesoureiro da Afubra, Marcilio Drescher, a efetivação do acordo se deu em consonância com a proposta da representação dos produtores, em reunião virtual realizada quarta-feira, 2. A assinatura foi nessa quinta-feira. “É mais um avanço na negociação do preço da safra. E a assinatura do protocolo garante o preço mínimo aos produtores integrados a essas empresas. Além disso, está protocolado que essas tabelas são o ponto de partida para a negociação de preço para a próxima safra”, ressalta.
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Índice acima do custo de produção
O índice apresentado pela BAT, que resultou na entrega do protocolo às entidades representativas dos produtores, supera em 2,28 pontos percentuais o custo de produção apurado pela indústria e fumicultores: 16,51%. O pedido inicial era de um reajuste de 26,51%, que representaria o custo mais dez pontos percentuais como rentabilidade. Na segunda rodada houve um ajuste para 24,51%.
A JTI, que acertou no segundo encontro, fechou em 19,25% para as variedades Virgínia e Burley, mais R$ 1,00 de complemento para as classes de Virgínia com qualidade superior. China Brasil Tabacos propôs o custo de produção: 18,83%; Alliance One e CTA não fizeram propostas; Universal Leaf, abaixo do custo de produção (15,2% Virgínia e 20% Burley para o custo de 20,37%); Premium apresentou 15% com custo de 18,56%; e UTC, 15,3% para 19,24%.
A Philip Morris não participou dos encontros, pois não fez o levantamento do custo de produção em conjunto, fator determinante para participação nas negociações. As entidades demonstram interesse em negociar com a empresa, desde que ela reconheça o custo apurado.
A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
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