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4 A 0

Seleção goleia Paraguai no Mineirão pelas Eliminatórias

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O Brasil continua dando as cartas nas Eliminatórias Sul-Americanas. Na noite dessa terça-feira, 1º, venceu mais uma partida, mantendo a invencibilidade. A vítima foi o Paraguai, goleado por 4 a 0 no Mineirão, em Belo Horizonte. A seleção teve ótima atuação. Já classificada para a Copa do Mundo do Catar, lidera fácil a disputa continental, com 39 pontos em 15 jogos.

O técnico Tite optou por uma escalação ofensiva, mas sobretudo por uma mentalidade ofensiva. Com apenas um volante, Fabinho, e seis alterações em relação ao time inicial do empate por 1 a 1 com o Equador, montou uma equipe mais leve, mais ousada e objetiva.

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E o Brasil foi para cima. Com 1min31s, Raphinha marcou em jogada que começou com cobrança de lateral. Ele brigou pela bola, ganhou e bateu rasteiro, cruzado. Na jogada, a bola bateu no atacante e por isso o gol foi corretamente anulado após quase 5 minutos, com ação do VAR e verificação tardia das imagens pelo árbitro argentino Facundo Tello. Mas o que valeu foi a mostra da disposição em agredir o adversário.

Outro bom sinal foi a jogada dos 16 minutos. Pressão na saída de bola paraguaia, Matheus Cunha tomou a bola e tocou para Vinicius Junior, que cruzou rasteiro para Raphinha, na pequena área, chutar por cima. Gol perdido de maneira incrível, em chance criada em jogada rápida e objetiva do jovem trio ofensivo brasileiro.

A seleção dominava completamente o jogo e só não criava muitas oportunidades porque o Paraguai se fechou na entrada de sua área. Coutinho e Paquetá tinham liberdade para construir jogadas, com a ajuda de Daniel Alves, que se posicionava mais na parte central do campo, para também ajudar na organização.

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O gol, porém, saiu em uma jogada em profundidade, aos 27 minutos Do campo de defesa, Marquinhos deu belo lançamento para Raphinha, que dominou, cortou o marcador e bateu de esquerda, rasteiro, no canto esquerdo do goleiro.

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A primeira etapa acabou com vantagem mínima brasileira, mas a diferença poderia ter sido maior, pelo volume de jogo e pelas boas chances de Coutinho e Matheus Cunha que não terminaram em gol, além da grande defesa de Antony Silva em cabeçada de Matheus Cunha aos 48 minutos.

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Na etapa final, Vinicius Junior continuou entortando os marcadores, Paquetá dominando o meio-campo e Raphinha foi o mais perigoso da seleção. Aos 3, acertou a trave ao concluir bela jogada do atacante do Real Madrid. Matheus Cunha, Paquetá, Coutinho tiveram boas chances, mas não ampliaram. Aos 15 minutos, Vinícius Junior foi substituído por Antony e teve o nome gritado pela torcida.

Aos 17, Coutinho, aposta de Tite mesmo sem ter feito muitos jogos nos últimos meses, agradeceu a confiança com um golaço. De fora da área, ele mandou uma bomba sem defesa para o goleiro. Pouco depois, deixou o campo substituído e aplaudido, com justiça.

Mesmo com várias substituições, a seleção manteve o bom nível e, como consequência, chegou à goleada. Aos 40 minutos, Antony recebeu de Everton Ribeiro na área e colocou no ângulo de Antony Silva, com um chute cruzado. Aos 42 minutos, em outra boa trama, Antony rolou para Rodrygo marcar.

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De ruim, apenas a briga entre torcedores organizados de Cruzeiro e Atlético-MG na arquibancada, no primeiro tempo. Pelo menos 20 encrenqueiros foram presos.

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Tite evita dizer que time foi mais ofensivo: “Equilíbrio”

Ao fim do jogo disputado no Mineirão, Tite saiu satisfeito com o desempenho do time, mas evitou prometer novas escalações como esta para a Copa do Mundo do Catar. Em sua breve entrevista coletiva, o treinador evitou classificar a formação da seleção como “ofensiva”. “Não me atenho muito a essas denominações: ‘ah, se tem três atacantes, é mais ofensivo. Ou se tem dois meias, é mais ofensivo’. Vejo o futebol como equilíbrio. Estes jogadores só podem criar se houver sustentação lá trás. Não consigo conceber futebol sem este equilíbrio, sem esta harmonia. E, quando estamos inspirados como hoje, essa fluidez acontece e o resultado acontece.”

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Tite destacou que os laterais tiveram participação decisiva no jogo, válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Catar. Se Daniel Alves ganhava liberdade para atacar, o lateral-esquerdo Alex Telles tinha orientação para compor uma linha de três na defesa, ao lado dos zagueiros. “Tentamos estabelecer uma relação de conjunto. Deixamos jogadores mais à frente, com externos abertos, com amplitude, com largura. Para os jogadores terem espaço para infiltrações”, declarou.

Líder disparada das Eliminatórias e já com a vaga garantida na Copa, a seleção tem mais dois jogos na competição, marcados para o fim de março. As partidas poderão ser opção para novos testes ou poderão servir para Tite compor a base definitiva do time e dar entrosamento aos titulares que irão para o Catar.

Nesta terça, o treinador desconversou sobre o assunto e afirmou que a decisão ainda não foi tomada. “Não sei, vamos sentar para fazer uma reunião, uma avaliação junto com Juninho (coordenador da seleção) e toda a comissão técnica”, disse Tite.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 4 x 0 Paraguai

  • BRASIL – Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Telles; Fabinho, Lucas Paquetá (Everton Ribeiro) e Philippe Coutinho (Bruno Guimarães); Raphinha (Rodrygo), Matheus Cunha (Gabriel Jesus) e Vinícius Jr. (Antony). Técnico: Tite.
  • PARAGUAI – Antony Silva; Rojas (Escobar), Balbuena, Junior Alonso e Arzamendia (David Martínez); Villasanti (Benítez), Ojeda, Richard Sánchez (Enciso) e Almirón; Samudio e Carlos González (Sanabria). Técnico: Guilhermo Schelotto.
  • GOLS – Raphinha, aos 27 minutos do primeiro tempo. Coutinho, aos 17, Antony, aos 40, e Rodrygo, aos 42 minutos do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS – Arzamendia, Villasanti, Junior Alonso.
  • ÁRBITRO – Facundo Tello (ARG).
  • RENDA – R$ 2.894.830,00.
  • PÚBLICO – 32.344 pagantes.
  • LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

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