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MERCADO PET

Elevação nos preços das rações exigiu adaptações de vendedores e consumidores

Foto: Rafaelly Machado

Venda do produto no formato a granel é alternativa para obter um melhor preço

Quem tem um ou mais bichinhos de estimação em casa passou a sentir os efeitos da alta dos preços na alimentação de cães e gatos. Relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em setembro, apontou elevação de 15,46% no preço médio de rações. Mesmo assim, o setor é um dos que mais cresceram durante a pandemia, pois em 2020 o Brasil se tornou o segundo maior mercado pet do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos.

O supervisor da Agro Comercial Kist & Heemann, Lúcio Reis, frisa que a partir do início da pandemia, em março de 2020, notou-se a elevação do preço dos produtos de forma muito rápida. Contudo, a estabilização desses preços vem sendo percebida nos últimos 90 dias. A alternativa para oferecer um custo mais amigável ao cliente é vender os produtos fora da embalagem. “O formato a granel favorece o consumidor, porque a gente abre uma embalagem grande para vender a quilo. Uma embalagem bonita, com rótulo e informação nutricional, gasta-se para fazer”, explica Reis.

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Outro aspecto a ser observado é a mudança de comportamento dos tutores de cães e gatos. Com a alta nos preços, eles precisaram se adaptar e até mesmo mudar alguns hábitos de alimentação dos animais. “O pessoal migrou de ração: quem dava uma super premium, decaiu e foi para uma premium especial; quem estava numa premium especial, não aguentou o baque e foi para uma premium. Existiu sim uma queda de qualidade na ração que o pessoal dá para o cachorro”, acrescenta.

Estiagem pode afetar

A estabilização nos preços das rações é sentida, mas futuramente a estiagem que assola o Rio Grande do Sul pode afetar e fazer com que os alimentos para animais sofram novo impacto. “Se o tempo continuar como está, pode vir a afetar a produção no setor primário e não está descartado que esses preços subam um pouco mais ainda”, diz Renato Goerck, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul.

Conforme ele, não apenas as rações de gatos e cães apresentaram aumento, mas também as de animais de grande porte, como equinos e bovinos. “Produtos como milho, farelo de soja e farelo de osso, e a própria carne, dentre outros que são inseridos nessas rações, tiveram grande aumento. Percebemos nos últimos meses uma elevação de mais de 40% no produto final”, destaca.

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Ainda de acordo com o presidente do sindicato, mesmo que os consumidores optem por comprar algum produto de menor valor, o maior entrave é o bichinho se acostumar com a nova alimentação. “Quando faz essa troca, o dono se obriga a voltar com ração de uma melhor qualidade para que o animal não sofra com isso”.

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