O prefeito de Pantano Grande, Mano Paganotto, assinou na quinta-feira, 6, o decreto de situação de emergência pela estiagem no município, com base no relatório sobre as perdas (veja abaixo). No mesmo dia, à tarde, ele se reuniu em Porto Alegre com o coronel Marcus Vinícius Gonçalves, subchefe da Defesa Civil do Estado, e com o major Vanderlan Frank. O encontro também teve a participação do secretário municipal de Administração, Leandro Lima, e do coordenador da Defesa Civil local, Saul Bergenthal.
O objetivo foi apresentar o relatório de perdas desenvolvido pela Secretaria Municipal da Agricultura e Pecuária e Emater/RS-Ascar de Pantano Grande. De outubro de 2021 ao dia 4 de janeiro deste ano, 20 localidades do município foram atingidas com a seca. Mais de 1,1 mil produtores, entre rurais e de subsistência, tiveram prejuízos com a estiagem.
LEIA TAMBÉM: Governo recebe secretário de Santa Cruz para falar sobre estiagem
Na cultura da soja, a área prevista de plantio foi de 21,3 mil hectares, com produtividade estimada inicialmente em 2,7 mil quilos por hectare, estando em fase de crescimento vegetativo. A estimativa é de haver em torno de 40% de perda em relação à estimativa inicial por conta da falta de umidade e de temperaturas muito elevadas.
Publicidade
A área prevista de cultivo de arroz foi de 4,2 mil hectares, com produtividade estimada inicialmente em 9 mil quilos por hectare. A cultura está em fase de desenvolvimento vegetativo com estimativa de perdas em torno de 10% até o momento. As reservas de água diminuíram drasticamente pela estiagem e também em função da evaporação pelas altas temperaturas e ventos constantes.
LEIA TAMBÉM: Mito ou verdade? Modelo meteorológico indica calor de quase 50 graus no RS em janeiro
Relatório de perdas
Milho
Área prevista de cultivo de 1,2 mil hectares, com produção de grãos e silagem. Toda a área foi implantada, estando em fase de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, com perdas de 80% sobre a estimativa inicial.
Publicidade
Feijão
Área prevista de cultivo de 15 hectares, com produtividade estimada inicialmente em 1,8 mil quilos por hectare, sendo toda lavoura implantada, estando em fases de floração, enchimento de grãos e colheita. A estimativa de perda gira em torno de 80% em relação à previsão inicial.
Olericultura
Área prevista de cultivo de várias culturas comerciais, sendo 40 hectares de aipim e 2 hectares de repolho, alface e outras hortaliças, com produtividade estimada inicialmente em 8 mil quilos por hectare, somadas todas elas. As perdas são de 70% da estimativa inicial.
Fruticultura
As culturas de noz-pecã, olivas, moranguinho e citrus, com 95 hectares, apresentam perdas na fase de produção do morango e de aproximadamente 60% da produção na fase reprodutiva de noz-pecã.
Publicidade
Bovinocultura de corte
Com 27,5 mil cabeças, com média de perdas peso/dia de 200 gramas por cabeça, contabilizando em torno de 408 toneladas de perdas. Pastagens de verão com crescimento irregular e campo nativo com desenvolvimento vegetativo comprometido. Os animais estão perdendo peso há mais de 70 dias.
Bovinocultura de leite
A bovinocultura de leite contabiliza prejuízo de 40% em razão de as pastagens estarem secando e os animais perdendo peso. As perdas somam 180 mil litros no período da estiagem até o momento.
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade