Pelo terceiro ano consecutivo, a Prefeitura de Candelária e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) executam obras de barramento no Rio Pardo com o objetivo de garantir o abastecimento de água na cidade durante os próximos meses. O trabalho ocorre na área entre o ponto de captação da Corsan e a Praia Carlos Larger, a Prainha. A realização do serviço conta com a parceria das secretarias municipais de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca e de Transportes, Obras Públicas e Trânsito, além da Corsan.

As precipitações estão muito abaixo do esperado nos últimos meses e já provocam problemas de abastecimento em diversas áreas do município. O gerente da Corsan, Joanei Antonelli, explica que a companhia, em parceria com a Prefeitura, resolveu construir uma barragem de acordo com a licença 019/2021, do Departamento dos Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul, que autorizou a obra. O trabalho começou na tarde da última quarta-feira.
Antonelli disse que a captação de água do Rio Pardo ainda está em bom nível. “Até não seria necessária a construção da barragem, mas é importante prevenir, para não ser surpreendido. Portanto, a obra vai garantir o abastecimento caso o Rio Pardo fique em níveis críticos”, afirmou.

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Nos últimos anos, também houve a execução de obras emergenciais no Rio Pardo para garantir o abastecimento de Candelária. No começo de abril de 2020, a Prefeitura e a Corsan realizaram um mutirão para execução de um barramento próximo ao ponto de captação de água, para garantir a segurança hídrica da população diante da queda do nível no local. A obra ocorreu após a concessão da medida em caráter emergencial pela Divisão de Recursos Hídricos do Estado.

No ano passado, a intervenção ocorreu após a Secretaria Estadual de Meio Ambiente emitir, em 12 de janeiro, a outorga de uso para reservação e captação de águas superficiais para a barragem no curso do Rio Pardo, com a finalidade de atender o abastecimento público, bem como a autorização para construção de uma barragem de nível no local. As máquinas das secretarias de Obras e de Agricultura e Meio Ambiente ergueram a taipa com seixos do leito do rio.

O aumento do barramento para 1,2 metro de altura elevou o nível da água em 56 centímetros na captação, sem reter o fluxo que ainda existia no Rio Pardo. Com isso, a capacidade de armazenagem aumentou de 32 mil metros cúbicos para 65 mil metros cúbicos na época.

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