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BR-471

Família pede que motorista que atropelou jovem se apresente

Raphael, 19, morava no Bairro Progresso

Um dos casos de maior repercussão do final de 2021 em Santa Cruz do Sul segue em investigação neste início de 2022. A morte por atropelamento do jovem Raphael Ribeiro da Silva, de 19 anos, ainda levanta dúvidas. Já foi esclarecido que na noite de Natal, dia 25 de dezembro, ele participava de uma festa e teria ficado com ciúme da sua companheira, que estava dançando, e deu início a uma discussão. Em virtude disso, teria dito que iria se matar.

O jovem saiu do local onde ocorria o evento, no Progresso, bairro onde também residia com a companheira, e caminhou em direção à BR-471. O caso foi revelado em primeira mão pelo Portal Gaz, que teve acesso com exclusividade ao boletim da ocorrência. Segundo consta no registro, uma testemunha que passava pelo local disse a policiais ter visto alguém deitado na pista e, na sequência, um veículo não identificado teria atropelado essa pessoa nas proximidades do Posto do Giba, no Distrito Industrial.

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O motorista do automóvel ainda teria saído do local sem prestar socorro, deixando Raphael na rodovia. A Brigada Militar (BM) de Santa Cruz do Sul e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Pantano Grande atenderam a ocorrência, assim como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou a levar o jovem ainda com vida ao Hospital Santa Cruz.

Foi nesse momento que, após uma noite de Natal tranquila, o casal Alcemar Suchikoski da Silva, de 44 anos, e Ivone Ferreira da Araújo, de 49, foi acordado por um telefonema indesejado. “A companheira dele me ligou por volta de 23h30, dizendo que o Raphael havia sido atropelado. Fomos ao Hospital Santa Cruz e logo conversamos com o médico. Ele disse que o quadro não era bom e que o coração dele estava batendo fraco. Tentaram reanimar, mas depois de um tempo nos comunicaram que o Raphael havia falecido”, disse Suchikoski, que é servente de pedreiro.

A faxineira Ivone Ferreira da Araújo era madrasta do rapaz, mas o tinha como filho. “Cuido dele desde os 3 aninhos. Sempre foi calmo, guri caseiro, da paz, não devia nada pra ninguém. Há duas semanas veio jantar com a gente”, comentou a mulher.

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Passados dez dias do caso, o motorista envolvido no atropelamento ainda não foi identificado pela Polícia Civil. Os pais fazem um apelo. “Queremos que essa pessoa se apresente à polícia”, disse Ivone. “Gostaríamos de pedir ao motorista envolvido para explicar como foi e tentarmos entender o que aconteceu naquela noite”, complementou o pai.

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Alcemar Suchikoski e Ivone Ferreira buscam esclarecer o que aconteceu com o jovem

“Triste ver as pessoas julgando nas redes”

Raphael era o filho mais novo de Alcemar, que também é pai de um jovem de 22 anos. Conforme o homem de 44 anos, fazia três meses que o filho havia conhecido a namorada pela internet, indo morar com ela no Bairro Progresso. “Ao saber da morte dele, fiquei sem chão. Não dá pra aguentar perder um filho tão novo assim, desse jeito.”

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Incomodado, ele chegou a responder a alguns comentários de pessoas na publicação da matéria sobre o falecimento, na rede social Facebook. “Não tínhamos qualquer problema de família. Ele morou comigo até fazer 19 anos, só saiu quando foi morar com a namorada. É muito triste ver as pessoas julgando nas redes sociais, apontando o dedo e falando sem saber o que aconteceu.”

Por meio de provas técnicas e testemunhais, a Polícia Civil busca desvendar o caso por completo, confirmando as motivações que levaram o jovem a ir até a rodovia e identificando o motorista envolvido, para que este possa explicar as circunstâncias do atropelamento. Sabe-se que na quinta-feira a companheira de Raphael se apresentou na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para prestar esclarecimentos. O depoimento dela, no entanto, é mantido em sigilo pelos investigadores.

Com imagens de câmeras da Prefeitura instaladas na BR-471, a 2ª DP já identificou que o veículo envolvido no atropelamento de Raphael Ribeiro da Silva tem cor escura. No entanto, outros dados fundamentais para identificar o dono do automóvel, como chassi e placa, ainda não foram obtidos.

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Agora os investigadores buscam outras câmeras de vigilância, de empresas instaladas nas redondezas de onde o fato aconteceu, para tentar identificar essas informações e encontrar o proprietário. O motorista pode ser enquadrado nos crimes de homicídio culposo de trânsito ou omissão de socorro.

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