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'ESPERA'

Santa-cruzense ganha prêmio internacional de fotografia

Dulce Helfer fez registros de sua mãe dentro de casa, durante o período de pandemia

Ganhar o mundo sem sair de casa. Isso pode ser vivido no imaginário criativo de uma criança ou na capacidade de transformar um momento de reclusão em inspiração. Foi assim que a santa-cruzense Dulce Helfer chegou ao seu 30º prêmio na área de fotografia, o sexto internacional. Dessa vez, o trabalho foi reconhecido no Concurso de Estudos Ibéricos de Portugal.

“É o primeiro prêmio que ganho sem sair de casa”, conta. A inspiração surgiu a partir da intenção de mexer com o equipamento, que já estava parado há algum tempo. Olhando a mãe, Lordy Jungblut, de 92 anos, percebeu que poderia registrar o cotidiano de quem acaba tendo as saídas restritas em função da pandemia do coronavírus.
As imagens que justificaram o prêmio foram feitas de forma despretensiosa, até porque a “modelo” não gosta de ser fotografada. “Depois de prontas, vi que tinha deixado uma bagunça em um sofá, com uma porção de fotos da Amazônia que havia buscado de uma exposição em Rio Pardo e ainda não tinha organizado”, recorda.

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Assim como o registro foi inusitado, a forma como garantiu os 750 euros da premiação surpreendeu. Sem um contato sobre o desempenho no concurso, resolveu olhar as redes sociais do órgão promotor. Encontrou o nome e o do ensaio Espera como vencedores. “Mas não me contataram. Então, fui limpar meu e-mail e encontrei um dizendo que tinha que mandar as fotos em tiff e em alta resolução até o dia 16. Era o último dia. Fui até altas horas para conseguir mandar”, conta.

O trabalho deu certo. Até o dia 30, ela deve receber o valor correspondente ao prêmio. No histórico, Dulce tem reconhecimentos como o da Sociedad Interamericana de Prensa, em Guadalajara, e dois Prêmios Press, um dos maiores do Brasil. “Tenho muito trabalho de natureza, do cotidiano, da área policial de quando trabalhei na Zero Hora. Cobri um motim no Presídio Central, em Porto Alegre, na época do Melara (Dilonei Francisco), que me rendeu prêmio”, ressalta.

Imagens feitas durante a pandemia foram premiadas

Livro sobre Belchior

Dulce Helfer atua na elaboração de dois projetos culturais. Um deles é com Tabajara Ruas, parceiro de longa data, para quem costuma fazer a fotografia dos filmes. Outro é com a produtora cultural Angélica Fonseca.

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Um livro sobre 30 anos da história do cantor Belchior também está nos planos. Amiga de três décadas do músico, ela diz que tem imagens exclusivas e conhece o real motivo para seu repentino sumiço do meio artístico. “Só eu sei e posso contar neste livro”. Ela tem aprovação da Lei de Incentivo à Cultura, mas ainda não conseguiu a captação de recursos. Afirma que tentou com algumas empresas santa-cruzenses, ainda sem resultado. “É uma ótima oportunidade para divulgar a marca para o País inteiro”, destaca.

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