As entidades representativas dos produtores de tabaco – grupo formado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – e lideranças das empresas fumageiras devem iniciar ainda em dezembro a negociação sobre o preço de tabaco. Desta vez, os trâmites devem ser presenciais. O anúncio foi dado pelo presidente da Afubra, Benício Werner, em entrevista na Rádio Gazeta 107,9 FM, na manhã desta quinta-feira, 2.
Ele explica que, antes da negociação são seguidos três processos. Os dois primeiros, que são ir até a casa do produtor para fazer o levantamento no custo de produção, já foram finalizados. Depois, a comissão técnica das empresas e os produtores se reúnem para análise e correção dos dados, para revisão da metodologia. Na próxima semana, ocorre a reunião do Fórum Nacional da Integração (Foniagro), com esses dados, e se tudo for acordado, as negociações podem iniciar em seguida.
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Segundo o presidente, a mão de obra sempre ultrapassa os 50% total dos custos. Nesta safra, em seguida, vem os insumos e depois a lenha. Para a próxima safra, 2022/2023, Werner acredita que os insumos devem balizar os valores. “Os insumos não tiveram uma influência nessa como teve na produção de grãos. A maior será no próximo ano, pois neste, as compras já haviam sido feitas e alguns produtores já estavam até com o produto na terra”.
O custo tem sido uma das principais causas para a redução da produção. “O motivo maior na redução dos três estados do sul, na ordem dos 9,8%, foi sem dúvida a mão de obra e a própria lucratividade do produtor. Muitos diminuíram a área plantada de tabaco e aumentaram a soja. Na nossa região, temos que considerar, que muitos produtores estão se aposentando e não se está conseguindo a sucessão, principalmente em áreas mais montanhosas. O jovem gosta da agricultura, mas de menos força e mais produção e é mais fácil usar o maquinário em uma área plana”.
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O Foniagro é composto pelas entidades representativas dos produtores integrados e das empresas integradoras, com mesmo número de representantes de cada lado. Fazem parte do Foniagro do Tabaco, a Afubra, as Federações da Agricultura e dos Trabalhadores da Agricultura dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (pelo lado dos produtores) e SindiTabaco e associadas (pelo lado das indústrias). Tem por objetivo trazer segurança jurídica aos produtores e empresas que fazem parte do Sistema Integrado de Produção, estabelecendo os direitos e obrigações das partes.
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O Foniagro tem as seguintes competências: estabelecer as diretrizes e objetivos gerais do Sistema de Integração; formar e repassar para a Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec) a metodologia para o cálculo do valor de referência a ser pago ao produtor integrado; elaborar e atualizar os coeficientes técnicos que servem de subsídio para a realização dos custos de produção; criar grupos de trabalho para auxiliar nas atividades do Foniagro.
Com informações do repórter Ronaldo Falkenback e do site da Afubra
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