O registro de duas mortes por tétano desde outubro, após seis anos sem notificações, colocou o setor de saúde de Venâncio Aires em alerta. Os dados da Vigilância Epidemiológica apontam que a primeira morte ocorreu em outubro, de um homem morador do interior com duas doses do imunizante. Já o segundo caso aconteceu na semana passada, de um morador da cidade, não imunizado.
Os dois óbitos, de acordo com o Setor de Vigilância Epidemiológica, foram por tétano acidental, que pode ser prevenido por vacina antitetânica. O problema causador das mortes é uma doença infecciosa aguda, provocada pela ação de exotoxinas produzidas pela Clostridium tetani, bactéria encontrada na natureza sob a forma de esporo. Ela pode ser identificada na pele, na terra, em galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal e fezes (especialmente do cavalo e do homem).
A infecção acontece pela introdução desses esporos em solução de continuidade da pele e das mucosas e ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza. Com essas duas mortes, de acordo com a enfermeira Carla Lili Muller, o município volta a enfatizar a importância do esquema vacinal completo. “Estamos intensificando o alerta à população para verificar sua situação vacinal. Todas as unidades de saúde do município com sala de vacinação têm disponíveis doses contra o tétano.”
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Idades
A enfermeira Carla explica que a vacina antitetânica é indicada para crianças a partir de 2 meses de idade, em esquema de três doses com pentavalente, com intervalo de 60 dias entre elas, indicando-se um reforço de 12 a 15 meses com a vacina DTP (difteria-tétano-coqueluche). Também é preconizado um segundo reforço, com essa mesma vacina, aos 4 anos de idade. A partir de então, aplica-se um reforço a cada dez anos com dose adulta. O esquema inicial inclui aplicação de três doses com reforços subsequentes a cada dez anos. Se ocorrer algum ferimento nesse período, poderá ser adiantada para cinco anos após a última dose.
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