Foram anunciados na noite dessa terça-feira, 9, os filmes selecionados para concorrer ao Troféu Tipuana na 4ª edição do Festival Santa Cruz de Cinema. No evento, realizado no pátio da Proeza e que teve transmissão ao vivo pelo Facebook do Portal Gaz, foram conhecidos os 18 curtas-metragens nacionais que integram a Mostra Competitiva e as cinco obras locais que estarão na Mostra Olhares Daqui. A transmissão também contou com a música de Érico Fanfa e Fran Stringini.

Para um dos sócios da produtora Pé de Coelho Filmes e um dos organizadores do festival, Diego Tafarel, é motivo de comemoração não só o retorno ao presencial, ainda que de forma híbrida, mas também que o evento tenha recebido filmes de todas as regiões do Brasil. “Depois da seleção agora começam os contatos da produção com os cineastas. O festival, como sempre, traz a diversidade do Brasil e essas pessoas de todas as regiões para Santa Cruz do Sul, onde vamos fazer uma celebração do cinema e da cultura no começo de dezembro.”

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De acordo com a gerente do Sesc, Roberta Pereira, que apresentou o anúncio dos filmes selecionados, cada edição do evento é diferente e traz novidades. “Neste ano a inovação que estamos trazendo é que teremos dois prêmios de Júri Popular. Como o festival vai ter sessões presenciais e exibições pela internet, vamos dar um prêmio de júri para o público que estiver assistindo no auditório da Unisc e também para as votações pela internet, onde pessoas do mundo todo estarão assistindo.”

O Festival Santa Cruz de Cinema já tem renome no cenário do cinema nacional, segundo o professor da Unisc e um dos organizadores do evento, Rudinei Kopp. “Hoje o festival já cria uma certa expectativa entre os realizadores de todo o país. Quando termina o festival já tem interesse no próximo e para nós isso já é uma grande coisa. Já estamos consolidados nesse aspecto”, explica. Para ele, a versão digital se mostra uma tendência que deve continuar nas próximas edições, e a de 2022 já está confirmada, com expectativa de patrocínios por meio de editais que podem aumentar o alcance do evento.

Em 2021, o festival recebeu inscrições de 682 filmes, de realizadores de 25 Estados brasileiros e do Distrito Federal. Todos os curtas são assistidos pelos curadores do evento, que selecionam aqueles que integram a Mostra Competitiva. Os curta-metragens selecionados vão concorrer ao Troféu Tipuana em diversas categorias. O homenageado desta edição é o ator Matheus Nachtergaele, ganhador de diversos prêmios de atuação e conhecido pelos papéis no cinema nacional em filmes como O que é isso companheiro?, Central do Brasil, Cidade de Deus, O Auto da Compadecida e Cabras da Peste. O Prêmio Tuio Becker, que contempla personalidades relevantes para o cinema nacional, será dado ao ilustrador José Luiz Benício.

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Após uma edição digital no ano passado em função da pandemia, em 2021 o Festival Santa Cruz de Cinema será realizado de forma híbrida entre 29 de novembro e 3 de dezembro. A programação terá atividades que acontecem na cidade e com transmissão ao vivo. Os filmes participantes serão exibidos no auditório central da Unisc, além de ficarem disponíveis no site do festival. Entre as atividades oferecidas pelo evento estão oficinas com grandes nomes do setor audiovisual, debates com os realizadores participantes e ações paralelas na cidade que serão divulgadas nos próximos dias pelas redes sociais.

O 4º Festival Santa Cruz de Cinema tem realização do Sesc, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) – cursos de Comunicação Social e Pé de Coelho Filmes. O patrocínio é da JTI, Prefeitura e Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), com apoio da Gazeta Grupo de Comunicações, Cine Santa Cruz, Amigos do Cinema, Heilige, Proeza, Hbier, Legend Music Bar, Gaveta e Seasc.

Confira a Seleção Oficial do 4º Festival Santa Cruz de Cinema:

Mostra Nacional

• Obras gaúchas
  • Entre, de Bruno Gissoni
  • Florêncio Guerra e seu cavalo, de Guilherme Suman
  • Desvirtude, de Gautier Lee
  • Eu não sou um robô, de Gabriela Lamas
  • Review, de Tyrell Spancer
  • Desencanto, de Richard Tavares
    
• Obras nacionais
  • Copacabana Madureira, de Leonardo Martinelli (RJ)
  • Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho (PE)
  • Ser feliz no vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
  • Stone Heart, de Humberto Rodrigues (AM)
  • Seremos ouvidas, de Larissa Nepomuceno (PR)
  • O amor é um cão do inferno, de Sacha Bali (RJ)
  • Gosta de poesia?, de Eduardo Mattos (SP)
  • Fica bem, de Klaus Hastenreiter (BA)
  • Você tem olhos tristes, de Diogo Leite (SP)
  • 25 anos sem asfalto, de Fabi Andrade (SP)
  • A Destruição do Plante Live, de Marcus Curvello (BA)
  • Dois Riachões: Cacau e liberdade, de Patrícia Moll e Fellipe Abreu (SP)
    
• Mostra Olhares Daqui
  • Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius
  • Não há ninguém perto de você, de Victor Castilhos
  • Enquanto eu respirar, de Thiago Beckencamp
  • O teto das ruas, de Felipe Müller e Luís Alexandre
  • Paraíso para duas, de Gianne Vianna

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