O Grupo de Apoio Técnico do Ministério Público vai calcular qual deveria ser o valor da tarifa do transporte urbano em Santa Cruz do Sul. O pedido foi feito pelo promotor de Defesa Comunitária. Érico Fernando Barin quer verificar o resultado com o valor encontrado pela Agência Reguladora Municipal de Santa Cruz (Agerst). A intenção do Ministério Público é obter o resultado da análise no menor prazo possível. Com base nisso, o órgão pretende avaliar novamente o assunto.
Conforme o promotor, não há previsão para que o cálculo seja concluído, mas ele não deve afetar a mudança mais recente, que passa a tarifa para R$ 4,45. “Esse cálculo será aproveitado não só na ação civil pública, mas certamente vai ser fornecido ao grupo de trabalho, definido em reunião, já que ele tende a se debruçar de forma mais efetiva sobre o valor, tentando achar alternativas”, disse, em entrevista à Rádio Gazeta.
“Se seguirmos nesta linha de aumentos, certamente o sistema entrará em colapso, porque as pessoas buscarão alternativas. Comparando o valor atual com o cenário que temos, de transporte por aplicativos, de uma mudança radical, é preciso que haja essas alternativas, porque no entendimento do MP chegamos ao teto da tarifa. Se passarmos deste teto, terá uma migração ainda maior de pessoas para os meios alternativos e o sistema será insustentável.”
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Em janeiro, a Agerst concluiu que o reajuste deveria ser de R$ 0,20. Na última semana, a nova tarifa foi homologada pelo prefeito Telmo Kirst. Com isso, o custo do bilhete, que atualmente está em R$ 4,25, passa para R$ 4,45 a partir da próxima quinta-feira, 6. As empresas chegaram a solicitar que o valor ficasse em R$ 4,80.
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Algumas alternativas foram discutidas para tentar reduzir a elevação ou mesmo evitar qualquer reajuste. Entre as sugestões estão redução do número de ônibus, eliminação de parte dos cobradores e até um subsídio por parte da prefeitura ou utilização da arrecadação do Rapidinho para custear a tarifa. No entanto, nenhuma proposta evoluiu. O prefeito Telmo Kirst até chegou a criticar publicamente a ideia de o município investir recursos públicos para que a passagem não subisse.
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