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ÁUDIO E VÍDEO: ‘Se não brotar o dinheiro, amanhã a senhora comemora o primeiro Finados dessa imundície’

Foram revelados nesta quarta-feira, 3, novos detalhes a respeito do caso envolvendo a mulher de 29 anos, que forjou o próprio sequestro, junto de três criminosos, para extorquir a família moradora de Santa Cruz do Sul. O Portal GAZ teve acesso a um áudio, na qual os supostos sequestradores ameaçam a mãe da suspeita. “Tu que escolhe. São 5 horas e 10 minutos, do dia 1º de novembro. Se não brotar o dinheiro até às 6 horas e 10 minutos, amanhã a senhora comemora o primeiro Finados dessa ‘imundicíe’”, ameaçou um dos homens envolvidos no crime.

A sequência do áudio mostra que o criminoso supostamente agride a gaúcha, e a questiona: “Não vai falar que é ele mesmo”, diz o homem, ao som de tapas e gritos. Em chamadas de vídeo feitas com os familiares no próprio celular da suposta vítima, a mulher aparecia amarrada e com um saco na cabeça, além de aparentar estar suja de sangue e ser ameaçada com uma arma de fogo. A família, que acompanhou o caso em Santa Cruz do Sul, chegou a enviar dinheiro aos golpistas.

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Um vídeo, gravado pelos policiais civis de Santa Catarina, também mostra o amplo quarto de motel onde a mulher estava instalada com os três comparsas. Em cima das mesas e prateleiras, estavam frascos de tinta vermelha, além das roupas pintadas com o produto, para simular sangue. Latas de cerveja, bebida energética e refrigerante também podem ser vistas em um bar, dentro do imóvel, que contava até com uma banheira de hidromassagem, na qual estava a mulher no momento da batida policial.

Após a prisão efetuada no motel, a mulher, filha de santa-cruzenses, e os outros três criminosos permaneceram em Florianópolis, aguardando uma posição da Justiça catarinense. “A permanência da prisão depende do interesse do Judiciário, mas creio que ficará lá”, afirmou o delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A investigação para desvendar o caso contou ainda com agentes da Delegacia de Roubos e Antissequestro (Dras) da Polícia Civil de Santa Catarina e da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul, que permaneceu ao lado da mãe da suposta vítima, auxiliando no caso.

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Relações com o tráfico de drogas

A farsa do grupo criminoso foi descoberta na madrugada deste feriado de Finados, 2 de novembro, pela Polícia Civil. A mulher de 29 anos, que é santa-cruzense e mora há dois anos na capital catarinense, tentava extorquir a família, e foi encontrada em um motel junto de três comparsas, em Florianópolis. Os primeiros contatos foram sido feitos na manhã do último sábado, 30, quando os supostos sequestradores exigiram o pagamento de R$ 1 mil para soltar a mulher, que estaria sendo mantida refém.

Depois do primeiro pagamento, os homens passaram a exigir o envio de mais R$ 9 mil. Neste momento, a família, moradora de Santa Cruz, teria enviado R$ 4,8 mil. Os bandidos passaram então a cobrar mais R$ 9 mil em resgate. O caso foi registrado na Polícia Civil ainda na madrugada do domingo, 31, quando as investigações tiveram início, já com a suspeita de que a mulher, que tem envolvimento com o tráfico de drogas, poderia estar forjando o próprio sequestro. “A filha de fato teria relações pretéritas com o tráfico de drogas, e teria sido presa na região de Lajeado. A perda de drogas implicou em prejuízos financeiros ao grupo criminoso do qual ela fazia parte. Então eles teriam a sequestrado para que fossem pagos valores a título de compensação das perdas”, explicou o delegado João Paulo de Abreu.

Hipótese de sequestro forjado já era considerada pela família

Com monitoramento de telefones e outras diligências, os policiais da capital catarinense encontraram o esconderijo dos supostos sequestradores, no motel de Florianópolis. Segundo João Paulo de Abreu, os homens ameaçavam, ainda, vir a Santa Cruz e atacar outras pessoas da família. Em ação rápida, essencial em casos de extorsão mediante sequestro, que necessitam de “agilidade para chegar ao local de cativeiro”, conforme o delegado, os policiais gaúchos acionaram os colegas catarinenses para as ações in loco.

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No quarto do motel, a mulher foi encontrada com os três homens, “à vontade”. Conforme o delegado que coordenou a ação, os quatro foram presos pelo crime de extorsão mediante sequestro. “Pouco depois que ela (a mãe) saiu da delegacia, a gente deu a notícia pra ela, de que a filha na verdade estava forjando o sequestro. Já era uma hipótese que a família acreditava. Ela (a mãe) agradeceu todo o empenho e trabalho”, explicou Abreu. O motel ficava no no Bairro Vargem Pequena, no Norte da Ilha. Os nomes da mulher e dos comparsas não foram revelados pelas autoridades policiais.

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