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PISCICULTURA

VÍDEO: evento destaca criação de tilápias como alternativa de renda na região

Foto: Reprodução/YouTube

A Unidade de Referência Técnica consiste em um viveiro já existente, semiescavado, de 720 metros quadrados, onde extensionistas da instituição fazem o cultivo e monitoramento de tilápias em sistema intensivo

Agricultores, técnicos e lideranças do setor participaram nessa segunda-feira, 18, no Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo, da divulgação dos dados da Unidade de Referência Técnica em Produção de Tilápias, localizada no Espaço Casa da Emater, situada no mesmo local. A atividade foi promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). O evento também foi transmitido pelo Canal da Afubra no YouTube.

A apresentação foi realizada pelo extensionista rural agropecuário da Emater, João Sampaio. Ele destacou que o Rio Grande do Sul é um grande produtor de carpas devido a algumas condições específicas do Estado, como o clima. A Unidade de Referência Técnica em Tilápias foi planejada para estimular a criação de outras espécies. “Estamos no quinto ano desta Unidade de Experiência, que serve para divulgar essa outra espécie possível de criação no Rio Grande do Sul. Ela deve nos guiar enquanto extensionistas rurais nas orientações técnicas. Também queremos que o agricultor tenha a visão da facilidade e da dificuldade, do risco e da possibilidade, e com isso construa a sua ideia sobre essa criação”, frisou.

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A Unidade de Referência Técnica consiste em um viveiro já existente, semiescavado, de 720 metros quadrados, onde extensionistas da instituição fazem o cultivo e monitoramento de tilápias em sistema intensivo. No experimento realizado, utilizou-se a população de 1,2 peixes por metro quadrado, totalizando 781 animais. O viveiro foi enchido com água em dois terços da sua capacidade total. “Isso evita a fuga dos animais”, observou Sampaio.

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Ao todo, foram 180 dias de criação, com ganho de peso diário de 4,33 gramas por animal. O peso médio dos peixes na despesca foi de 1,002 quilo; a conversão alimentar, de 1,4 quilo de ração para 1,0 quilo de peso vivo. “Isso mostra que a piscicultura é uma atividade extremamente importante, uma alternativa viável de produção que gera renda e contribui para a sucessão rural”, observou Sampaio ao final da apresentação.

Atividade é um estímulo à diversificação

As lideranças presentes destacaram a importância do trabalho feito e o estímulo à diversificação das atividades nas propriedades rurais. A gerente regional da Emater, Lúcia Souza, frisou a ação da instituição em apresentar aos agricultores conhecimento técnico atualizado e com experiência prática.

“O conhecimento dos extensionistas rurais é o que dá aos agricultores a confiança na orientação técnica da Emater. Existem na região unidades demonstrativas em diferentes áreas, que mostram resultados confiáveis aos produtores e auxiliam na tomada de decisões na propriedade. É um trabalho dedicado, visando o desenvolvimento do meio rural e das famílias”, disse.

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O extensionista da Emater/RS-Ascar, da Gerência Técnica Estadual da Instituição, Carlos Gabriel Nunes dos Santos, afirmou que o trabalho “é fundamental para que os agricultores tenham base de conhecimento e consigam visualizar as possibilidades de lucro que terão. Essas parcerias são importantes para trazer mais resultados e informação ao campo”.

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O tesoureiro da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, ressaltou o esforço da associação em buscar mais alternativas de renda para o campo. “A Afubra incentiva a diversificação das atividades produtivas nas propriedades rurais, e hoje é dia de compartilhar essas experiências. A criação de peixes é uma boa atividade de diversificação, viável às pequenas propriedades e que leva renda às famílias.”

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas da Seapdr, Maurício Neuhaus, também elogiou a iniciativa. “A Emater é nosso maior investimento, tanto para criar esses espaços de pesquisa quanto para levar a informação aos agricultores. A criação de tilápias é muito desafiadora, existem várias discussões acontecendo para que a atividade consiga se expandir em todo o Estado. Estamos trabalhando na proposta de um programa voltado à piscicultura no RS e existe espaço para avançarmos”, salientou Neuhaus.

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