Um estudo de sequenciamento genético coordenado pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo, confirmou a circulação da variante Delta do coronavírus em Santa Cruz do Sul. A pesquisa avaliou 74 amostras de pacientes de 12 municípios do Rio Grande do Sul, sendo nove delas de santa-cruzenses, das quais oito eram da Delta e uma da Gama, também conhecida como P.1.
Apesar do resultado, ainda é cedo para dizer que há predominância dessa cepa. As amostras foram coletadas entre o fim de julho e o início de setembro, e contemplaram ainda uma pessoa de Santa Catarina e uma do Amapá. Conforme a pesquisadora Mariana Soares, que integra a equipe do laboratório de Microbiologia Molecular da Feevale, essas coletas ocorrem mensalmente e, nesta, já se percebeu a presença da Delta em 75% dos casos, sendo os outros 25% da Gama.
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No estudo anterior, realizado entre junho e julho, o cenário era exatamente o oposto: 75% para a Gama e 25% para a Delta. Mariana explica que essa cepa já é amplamente reconhecida por sua alta transmissibilidade, e seus efeitos estão sendo atenuados pelo avanço da vacinação.
“Nós temos 60% da população do Rio Grande do Sul com a vacinação completa e 90% com a primeira dose. Entretanto, é importante salientar que a vacinação pode diminuir a frequência, mas ela não impede o contágio e nem a transmissão”, disse, em entrevista à Rádio Gazeta.
A pesquisadora também endossou o discurso de outras autoridades de saúde no que diz respeito aos cuidados. “É incontestável que nós estamos em uma situação mais favorável, mas isso não é motivo para a gente não se preocupar, e nem motivo para deixarmos de fazer tudo aquilo que aprendemos nos últimos anos em relação à pandemia”, completou Mariana.
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Até a divulgação desses resultados, somente um caso da variante Delta havia sido verificado em Santa Cruz. A secretária de Saúde, Daniela Dumke, revelou em entrevista no dia 15 de setembro que o caso ocorreu em junho, e sua confirmação não trouxe maiores impactos nos indicadores da pandemia no município.
Proibição de brinquedos é alvo de críticas
O empresário Luiz Carlos Rehbein, proprietário de uma empresa de aluguel de brinquedos para festas, entrou em contato com a redação da Gazeta do Sul para reclamar da proibição da instalação desses itens nas escolas de Santa Cruz do Sul. Segundo ele, outubro – o tradicional mês das crianças – é o período de maior faturamento e seria uma grande oportunidade para recuperar os prejuízos causados pela pandemia até o momento.
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Contudo, segundo Rehbein, essa proibição fez com que diversas escolas cancelassem os orçamentos que já haviam solicitado, diminuindo em muito a expectativa de recuperação. No entendimento do empresário, não há justificativa para esse impedimento, considerando que os brinquedos são previamente higienizados e serão utilizados por crianças que já dividem as mesmas salas de aula e compartilham os brinquedos dos playgrounds das escolas.
Contatada, a Secretaria Municipal de Educação confirmou a proibição, mas explicou que a decisão partiu do Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (COE-E), que conta com integrantes de diversos setores. A questão deve voltar à pauta na próxima reunião do órgão, prevista para ocorrer na quarta-feira.
Pistas de dança
Ainda que o governo do Estado tenha anunciado na quinta-feira e publicado na sexta o novo decreto com a autorização para o funcionamento das pistas de dança em casas noturnas e demais eventos sociais, a nova regra ainda não está válida.
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Isso porque a medida precisa ser discutida em assembleia da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e aprovada por pelo menos dois terços dos prefeitos para passar a vigorar. Por fim, cada Prefeitura precisa publicar seu próprio decreto. Até que tudo isso ocorra, a regra permanece a mesma e as pistas seguem proibidas em toda a região.
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