O ano de 2021 está sendo marcado, também, pela incidência da dengue em Santa Cruz do Sul. E agora, com a chegada da primavera e elevação das temperaturas, os cuidados devem ser redobrados. Conforme a Prefeitura, foram 3.865 casos até o momento, contra quatro no ano passado. Cinco pessoas morreram neste ano, mas não houve nenhum óbito em decorrência da dengue em 2020. Outros cinco diagnósticos de zika foram contabilizados. No ano passado, nenhum caso dessa doença foi registrado.
A Prefeitura já registrou 278 focos. Os bairros com maior incidência são Senai, Bom Jesus, Schulz, Santa Vitória, Arroio
Grande, Ana Nery, Centro e loteamento Viver Bem, no Dona Carlota. A equipe passou de 11 para 21 agentes de combate a endemias. Os 150 agentes comunitários de saúde prestam apoio nas visitas. Santa Cruz do Sul foi um dos municípios declarados infestados pelo Aedes aegypti em 2016. Em maio de 2019, foi registrado o primeiro caso autóctone, ou seja, contraído no município.
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Segundo a coordenadora do setor de Vigilância e Ações em Saúde, Francine Braga, o governo municipal segue as orientações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). As coletas foram estendidas para os distritos de Monte Alverne e Pinheiral. Os parâmetros são os Levantamentos Rápidos de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). O último, encerrado no início de setembro, apontou risco médio. “Estamos tomando providências para controlar a infestação, com a aquisição de novos equipamentos e contratação de uma empresa especializada no mapeamento, captura e identificação do mosquito. Assim poderemos fazer uma zona de bloqueio em um raio de 300 metros a partir de casos notificados”, explicou.
Conforme Francine, o número de pontos estratégicos visitados a cada 15 dias foi ampliado, com o uso de larvicida quando necessário. Os locais propícios, que exigem maior atenção, são cemitérios, ferros-velhos, borracharias, floriculturas e lojas de materiais de construção, entre outros. “Iniciaremos a aplicação de inseticida de uso residual com efeito de 60 dias, com objetivo de eliminar as fêmeas que vão fazer a postura de ovos nos pontos estratégicos. Estamos monitorando quinzenalmente o prédio em construção do Centro Administrativo da Prefeitura, que era fonte de reclamações da comunidade”, destacou.
A Vigilância Sanitária modernizou o mapeamento dos casos, utilizando informações georreferenciadas, que permitem
mais agilidade, planejamento e distribuição dos trabalhos a serem desenvolvidos. Um geógrafo da Prefeitura transforma as informações em mapas de calor e mapas de bloqueios. Outra ação realizada é a de conscientização para os cuidados, por meio de palestras nas escolas municipais e campanhas em diversas mídias.
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As denúncias devem ser encaminhadas para o e-mail [email protected] ou WhatsApp 9 84430312, com nome, telefone, endereço, ponto de referência e fotos. Para casos de terrenos baldios e carros abandonados, o contato pode ser feito com a Unidade Central de Fiscalização Externa (Ucefex) pelo telefone 3711-9404. Francine acrescenta que uma conversa com o vizinho pode solucionar o problema. “O vizinho pode ter um
criadouro e não saber. A comunidade auxilia ao disseminar o conhecimento sobre o Aedes e a dengue.”
Principais cuidados
- Usar repelente corporal, principalmente as pessoas que estiverem com dengue ou zika. Isso evita que o mosquito não infectado, ao picar o doente, fique contaminado. O Aedes pica preferencialmente durante o dia e é silencioso.
- Se possível, instalar telas nas janelas e portas.
- Utilizar inseticidas em aerossol dentro das casas. Passar embaixo de camas, mesas, atrás de móveis, perto do tanque. Sacudir as cortinas.
- Tampar os tonéis e caixas d’água. O “ladrão” da caixa deve ter uma tela para evitar a entrada do mosquito. Para tanto, pode-se usar uma meia de náilon.
- Manter calhas limpas.
- Deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo.
- Limpar, semanalmente, com escova os pratos de vasos de plantas e os bebedouros de animais.
- Tampar as lixeiras.
- Manter as piscinas tratadas com cloro e escovar as bordas semanalmente.
- Inspecionar os ralos semanalmente. Recomenda-se colocar tela.
- Inspecionar e tratar bromélias regularmente.
- Não depositar lixo ou outros materiais inservíveis em terrenos baldios.
- Guardar pneus em local coberto.
- Inspecionar o pátio após a chuva, para retirar a água acumulada nas superfícies.
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