A Promotoria de Defesa Comunitária de Santa Cruz do Sul solicitou esclarecimentos da concessionária Rota de Santa Maria sobre as filas que vêm se formando junto à praça de pedágio de Venâncio Aires desde que a empresa assumiu a gestão da RSC-287, no fim do mês passado. A situação tem sido alvo de queixas de motoristas e já repercutiu na Câmara de Vereadores.

No despacho ao qual a Gazeta do Sul teve acesso, o promotor Érico Barin diz que o problema “atinge diretamente, todos os dias, centenas de munícipes de Santa Cruz do Sul, seja pelo labor nos municípios do entorno, seja por deslocamentos pontuais”. Além de explicar as razões da formação de filas, o Ministério Público (MP) pede que a concessionária, em um prazo de 10 dias, posicione-se sobre a viabilidade de medidas como arredondamento dos valores cobrados na praça (o que evitaria o troco em moeda) e a isenção da cobrança para motociclistas ou a cobrança em cancela exclusiva.

Procurado, o diretor-geral da concessionária, Renato Bortoletti, informou que ainda não havia recebido a notificação do MP. Alegou que os problemas registrados nas primeiras semanas estão sendo solucionados aos poucos e a situação atual já é melhor. Segundo Bortoletti, o prazo previsto no contrato para reforma total do sistema de arrecadação é de 12 meses e a empresa já trabalha para ampliar a praça de Venâncio, com a implantação de mais duas passagens. Já medidas como arredondamento de preço e isenção devem, conforme ele, partir do poder concedente – no caso, o governo estadual. Bortoletti ainda defendeu que os condutores adotem os sistemas de pagamento automático, via tags.

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