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MORTE NO MOTOCROSS

Defesa de condenada por planejar assassinato recorre da sentença

Foto: Cristiano Silva

Roberto Kist (na foto, durante o júri de Patrícia) ainda irá apresentar as razões recursais

A defesa de Patrícia D’Ávila da Luz oficializou à 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz do Sul que irá recorrer da decisão do júri popular, que condenou a acusada a 16 anos de prisão. A jovem de 21 anos foi julgada no último dia 15, pelo assassinato do mecânico da Prefeitura Tiago Aliandro Kohlrausch, de 30 anos, ocorrido em 23 de setembro de 2019.

Patrícia foi condenada por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, foi sentenciada a pagar indenização de 50 salários-mínimos, a serem partilhados entre o filho, companheira e pai de Tiago. Também teve destituído o poder familiar em relação ao seu filho com a vítima.

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“Dentro do prazo que tínhamos, já interpusemos o recurso de apelação. As razões recursais serão apresentadas nos próximos dias, quando forem protocoladas”, afirmou o advogado Roberto Weiss Kist, sócio fundador da Agostini Kist Böhm & Kist (AKBK) Advogados, responsável pela defesa de Patrícia D’Ávila da Luz.

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A juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, que presidiu o júri popular, já está com o documento. Kist preferiu não revelar mais detalhes dos recursos por se tratar, segundo ele, “de um caso bastante delicado e que ainda não transitou em julgado”.

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Condenada ficou “decepcionada” com decisão dos jurados

Desde o início das investigações policiais, Patrícia D’Ávila nega que tenha relação com o crime. Conforme Roberto Kist, após a condenação, sua cliente ficou “decepcionada” com a decisão do júri, pois alegava inocência desde o princípio. O caso ganhou ampla repercussão.

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Segundo as conclusões da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), Patrícia fora a mandante do assassinato, juntamente com dois homens – o advogado Renato Andrade Ferreira, de 33 anos, que era seu companheiro na época do crime e, portanto, padrasto do filho de 1 ano e cinco meses que ela tivera com Tiago Kohlrausch; e o tio da ré, Gabriel Nascimento da Luz, de 53 anos.

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Para a polícia, o objetivo do plano era afastar Tiago, o pai biológico, da criança. Com esse propósito, os envolvidos teriam contratado dois matadores de aluguel de Eldorado do Sul para virem a Santa Cruz assassiná-lo.

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No dia 23 de setembro de 2019, uma segunda-feira à noite, a dupla cometeu o homicídio, atingindo Tiago com pelo menos quatro tiros na garagem da casa dele, na Rua Walder Rude Kip-per, no Loteamento Motocross, Bairro Arroio Grande. Os pistoleiros nunca foram localizados. Ainda não há data para os julgamentos de Renato Ferreira e Gabriel da Luz.

Investigação concluiu que Patrícia foi mandante do assassinato de Tiago | Foto: Cristiano Silva

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