O júri de três réus acusados do assassinato de Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, 17 anos, em Charqueadas, foi dissolvido. O caso, que ocorreu em 2015, sofreu reviravolta nessa quarta-feira, 22, terceiro dia do julgamento que começou na segunda-feira, 20. Como uma das defesas argumentou que a vítima teria uma doença e isso teria causado a morte, um dos jurados pediu que a questão fosse esclarecida. Consta no laudo pericial, no auto de necropsia, uma menção de que a vítima teria problema de coagulação sanguínea, uma síndrome semelhante à hemofilia, que poderia causar sangramento.
O advogado de um dos réus, Lucas Schacht, diz que os prontuários médicos do hospital apontam que Ronei pulou de um quadro estável para um quadro extremamente crítico em pouco tempo. Ele começou a apresentar sinais da patologia e o advogado acredita que essa tenha sido uma situação relevante para o resultado morte. Que se talvez não existisse a doença, Ronei não teria morrido.
Com isso, uma nova data deve ser definida para que os réus Leonardo Cunha, Peterson Oliveira, ambos de 23 anos, e Vinicius Silva, 25, sejam julgados. Foi determina a expedição de ofício ao Departamento Médico Legal (DML) para prestar o esclarecimento solicitado pelo jurado.
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Relembre
Juninho, como o garoto assassinado era chamado, foi morto com socos, pontapés e garrafadas na cabeça ao sair de uma festa. O pai do menino, Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro, presenciou tudo. Tentou evitar o ataque de mais de uma dezena de garotos, alguns conhecidos da família. A festa era para arrecadar fundos para os formandos da Escola Cenecista Carolino Euzébio Nunes. O pai foi buscar o filho de carro na saída. O garoto pediu para ele dar carona a um casal de amigos, da cidade vizinha de São Jerônimo. Os dois amigos estavam sendo ameaçados.
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