Um criador de caprinos de Santa Cruz do Sul conquistou primeiros e segundos lugares, em diferentes categorias, em premiação da espécie, na 44ª Expointer, em Esteio. Tiago Hoesel Staub chefia uma cabanha em São José da Reserva, no interior do município, que leva o sobrenome do dono. Pela primeira vez na feira, ele pontuou, ao todo, em cinco categorias.
O dono da cabanha trabalha com o melhoramento genético da espécie. “Faz cinco anos que a gente trabalha com os animais, com o melhoramento genético dos caprinos. Dois anos que nós estamos na Associação Brasileira, registrando os animais. A gente também fez uma nova associação, que é a Associação Gaúcha dos Criadores de Caprinos (AGCC), onde, com satisfação, eu sou o presidente, do Rio Grande do Sul”.
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Ele iniciou o trabalho com os caprinos quando precisou reduzir a propriedade, buscando animais de menor porte. Segundo Staub, ele visitou cabanhas para avaliar a melhor opção. “Comprei, na primeira vez, 12 animais. Em Campo Bom, vi como funcionava o sistema. Eu crio eles no sistema semiextensivo, que é preso à noite, solto durante o dia, para não gerar tanto estresse ao animal. Se eu vender para um chacreiro, ele consegue soltar no campo. Se o animal for criado só confinado, não consigo vender para um chacreiro, porque se largar a campo o animal está sujeito a morrer. Então crio semiconfinado para conseguir repassar para todos os tipos de clientes”, explicou.
Bacamarte foi valorizado
Em uma das categorias em que o criador recebeu primeiro lugar, foi premiado o macho Bacamarte 557. “Ele concorreu com outros 42 animais, conquistando o primeiro lugar entre os machos com mais de dois anos. Eu sempre gostei de caprinos, para nós está sendo um bom negócio”, revelou o criador. O animal foi trazido do Piauí em uma grande logística, segundo Staub. “Foi um sacrifício trazer ele, tive que fazer quarentena em São Paulo e seguir um monte de regras sanitárias.”
O título que Bacamarte 557 ostenta foi o responsável pelo aumento no passe dele. O cabrito foi tão valorizado que nem irá voltar para Santa Cruz. O proprietário colheu material genético para cinco fêmeas, que estão grávidas do caprino, fechando negócio com Bacamarte. Ele foi vendido para rentabilizar a cabanha. “Este é o nosso negócio, trabalhar com melhoramento genético. Embora eles (caprinos) sejam animais para o abate e o consumo de carne, nós não abatemos. Comercializamos animais com alto padrão genético”, sugeriu Staub.
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Além de Bacamarte, Mister Bode 539 ganhou na categoria Master; Arisca ficou com o segundo lugar entre as fêmeas da categoria até dois anos; Atrevida faturou o segundo lugar-geral da mostra de caprinos da Expointer e Danado ficou em primeiro lugar, no pódio dos machos com menos de dois anos de vida – os jovens da cabanha.
Com informações do jornalista Rodrigo Nascimento (especial).
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