Quase 120 anos depois de sua primeira aparição, ocorrida em 1902, um orelhudo estabanado, divertido, simpático e de muito bom coração segue encantando pessoas em todo o mundo. Com o nome original de Peter Rabbit, surgiu da imaginação da escritora e ilustradora inglesa Helen Beatrix Potter, nascida em 1866 em South Kensington, em Londres, e falecida em Near Sawrey, no Reino Unido, em dezembro de 1943.
Quando estava por volta dos 35 anos é que Beatrix idealizou o personagem, um coelho que protagoniza travessuras na companhia de outros coelhos e animais em uma granja. Além do sucesso de The Tale of Peter Rabbit junto aos leitores, as histórias foram prontamente adaptadas para outras artes e suportes, entre eles o cinema. E mais uma releitura chegou às telas nesta semana, com a estreia, na quinta-feira, também em Santa Cruz do Sul, de Pedro Coelho: o Fugitivo, com direção de Will Gluck.
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O mesmo Gluck já havia assinado o original, em 2018, um filme de comédia e animação que mescla humanos com animais. Nesse primeiro, o Pedro Coelho, que nas histórias originais de Beatrix Potter também faz as vezes de Pedro Carteiro, causa as maiores confusões no quintal e até dentro da casa na granja do senhor Thomas McGregor (personagem interpretado por Domhnall Gleeson). Ele se esforça para conquistar a atenção e os cuidados da amante de animais Bea (Rose Byrne).
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Agora, na continuação que acaba de chegar às telas, Thomas e Bea se casaram e vivem, felizes, a lua de mel. Pois Pedro Coelho foge justamente em meio a isso tudo e inicia um périplo na linha de um on the road. No caminho, conhece um outro coelho que fora um amigo de seu próprio pai. E, claro, muitas novas peripécias estão no script, capazes de arrancar gargalhadas e, ao mesmo tempo, comover pessoas de todas as idades, tendo em vista que o bom coração de Pedro Coelho é uma marca registrada dele. O curioso é que essa aventura, no confronto com o grande mundo além dos limites da fazenda, também o leva a uma jornada de autoconhecimento.
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Tendo em vista que o primeiro longa da série, o de 2018, alcançou amplo sucesso de bilheteria e trouxe retorno de nada menos do que sete vezes o valor de orçamento à produtora, é de crer que os fãs do personagem e que viram o primeiro tenderão a querer conferir a continuação.
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Além de Pedro Coelho: o Fugitivo, que promete diversão para todas as idades, outra estreia da semana em Santa Cruz do Sul é a do filme de terror A Lenda de Candyman, com direção da norte-americana Nia DaCosta, ambientado nas imediações de Chicago. Ali, no passado, em um bairro pobre, um espírito assassino conhecido como Candyman apavorou a população. Muitos anos depois, um artista visual e sua mulher se mudam para essa área, já revitalizada como um bairro de elite. Mas o espírito mau retorna e espalha sua ira por esse novo ambiente.
Entre uma proposta e outra, claro, as aventuras de Pedro Coelho oferecem uma perspectiva bem menos… tenebrosa.
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Coelhices para ler
Além de ir ao cinema conferir a nova aventura de Pedro Coelho, levar o personagem e seus amiguinhos para casa em forma de livro é uma excelente ideia. E opções não faltam nas livrarias. Das inúmeras narrativas que, desde o lançamento do original (A História de Pedro Coelho, em 1902), foram elaboradas por Beatrix Potter, várias foram editadas no Brasil em diferentes momentos. Mais recentemente, a Companhia das Letrinhas, selo infantojuvenil da Companhia das Letras, disponibilizou o volume As aventuras de Pedro Coelho, em 2014, em 96 páginas, com tradução de Eduardo Bueno, o Peninha, nas versões de capa comum e dura.
Mas está nas livrarias também o livro A história de Pedro Coelho, pela editora Barbatana, em tradução de Rosana Rios, em 70 páginas, a R$ 45,00. A PIM! Edições, de Portugal, chegou a anunciar em 2016 a publicação das obras completas de Beatrix Potter, em quatro volumes, tendo lançado em 2019 o primeiro desses volumes, A história do Pedro Coelho, disponível para importação a R$ 196,75. Mas com um pouco de persistência e pesquisa, é possível localizar inúmeros exemplares de livros centrados no personagem, seja em livrarias físicas, seja em sites ou ainda em sebos ou lojas de usados. Em todos os casos, é diversão e atividade instrutiva certa!
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