A família do jovem de Júlio de Castilhos que morreu após frequentar uma festa em Santa Cruz do Sul não sabia que ele estava na cidade. O pai dele, o servidor público Régis dos Santos, diz que o filho residia e estudava Sistemas de Informação em Santa Maria. Régis dos Santos Júnior se formaria no ano que vem. Na sexta-feira, 17, o rapaz foi até a cidade para limpar o quarto em que morava e retornaria para Júlio de Castilhos no domingo. Nesse meio-tempo, acabou vindo até Santa Cruz participar de uma rave.
A suspeita da família é de que alguém tenha colocado drogas na bebida do rapaz. O laudo da morte é inconclusivo e o resultado final deve sair em 30 dias. “Infelizmente ele foi para a festa sem a gente saber. Quero fazer um alerta para que os pais não percam seus filhos dessa forma tão estúpida, triste, traiçoeira, como eu perdi o meu.”
Caminho até Santa Cruz
Régis dos Santos conta que o filho havia ido até Santa Maria limpar o quarto em que residia na sexta-feira, 17. No sábado, 18, ele tinha um jantar com colegas do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) da época em que serviu em Santa Maria. “Eu tinha dito que, quando ele chegasse em casa, me avisasse. Quando foi 2h46 ele fez isso e disse que estava tudo bem.”
O pai pensou que Júnior iria dormir e levantar para almoçar com os colegas da pensão, e que na segunda iria para Júlio de Castilhos. “Quando foi 17h30 de domingo, minha filha recebeu uma mensagem no Facebook de que meu filho estava no hospital de Santa Cruz e um parente deveria ir até o local com urgência, pois ele corria risco de vida.”
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Ele lembra que chegou à casa de saúde e encontrou o filho entubado, sem reação. “Não tinha mais o que ser feito, o quadro era horrível. O fígado estava comprometido, rins e pulmão também. O corpo já não aceitava mais transfusão de sangue. Quando foi 2h15 de segunda, meu filho faleceu.”
Júnior não tinha amigos em Santa Cruz do Sul, segundo o pai. Conhecidos que estiveram no velório disseram que o jovem havia combinado um almoço no domingo, em Santa Maria, mas outros amigos o teriam convidado para ir até Santa Cruz. “Isso que fizeram com meu filho é crime, quero que seja investigado, ele tomou alguma coisa e passou mal. Meu filho nunca usou drogas. Dizem que é uma droga sintética, bala, não faço ideia do que seja.”
O pai define o rapaz como um menino “maravilhoso”. “Não tem uma pessoa que não fale bem dele. Ontem (segunda-feira, 20) no velório estava cheio de gente, ninguém acredita que ele tenha usado, falam que alguém pode ter colocado algo na bebida. Peço que divulguem o caso, para que pais não percam seus filhos desta forma. Ele tinha apenas 21 anos e foi arrancado de mim dessa maneira.”
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