Por duas edições, não ocupei este espaço. Aproveitei este tempo para viajar a Brasília para visitar meu filho – também jornalista –, radicado há dois anos na capital federal. Saímos daqui numa sexta-feira (30 de julho), com zero grau. Um frio de rachar, ainda mais com o embarque marcado para as 5 horas da madrugada.
Na chegada, Henrique nos aguardava de carro para rumar imediatamente para Pirenópolis, Estado de Goiás, distante 150 quilômetros. É uma cidade histórica e pequena, famosa pelas cachoeiras. Por causa da vocação turística, o município foi fechado aos visitantes no auge da pandemia. Isso causou enormes prejuízos e o fechamento de pousadas, restaurantes e lojas procuradas pelos turistas. Passamos o fim de semana em uma casa espaçosa, equipada com churrasqueira e piscina. Afinal, a temperatura, de dia, era de 27°C, caindo para 16°C à noite.
No retorno a Brasília, fomos tomar chimarrão à beira do Lago Paranoá, um imenso complexo aquático construído pela mão do homem, que se constitui em um dos mais tradicionais cartões-postais da cidade. As vistosas mansões onde moram empresários e políticos são separadas da área destinada aos “mortais comuns” por um imenso muro de concreto.
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Nesta época, onde a umidade relativa do ar no domingo passado foi de 15%, parques, praças e áreas verdes são tingidos pelo amarelo da grama queimada pela estiagem. Perto de outubro, quando as chuvas retornam, bastam poucos dias para que as cores voltem com exuberância. É mais um espetáculo da natureza que se restaura infinitamente, apesar das constantes agressões do ser humano.
Seguindo a rotina dos nativos de Brasília, comemoramos o Dia dos Pais fazendo um assado preparado em uma churrasqueira portátil instalada em dos parques da cidade. Ao contrário do que acontece no Rio Grande do Sul, lá poucos apartamentos dispõem de churrasqueiras na sacada – que lá é chamada de varanda –, obrigando a fuga às áreas abertas nos finais de semana.
Um dia antes, no sábado, viajamos até Corumbá de Goiás, distante 120 quilômetros da capital federal. Conhecemos o Salto do Corumbá, um complexo turístico dotado de trilha, restaurante, loja, piscinas aquecidas, toboáguas, tirolesa e cachoeiras, além de um tranquilo rio. Aos poucos, segundo os responsáveis do local, o movimento retorna, mas ainda está muito longe da época em que era preciso fazer as reservas com um mês de antecedência para explorar a área.
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No resumo da jornada, foram dez dias de relax em que evitei fazer passeios a lugares com grande fluxo de turistas, como a Catedral, a Torre de TV, o Estádio Mané Garrincha e o Congresso Nacional, entre outros. Preferi desligar, curtir a família, recarregar baterias e retomar a rotina ainda marcada pela pandemia.