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Falta de acordo acirra ânimos na Câmara de Santa Cruz

Foto: Jacson Stülp/Câmara de Vereadores

Henrique e Nicole: tensionamento deu fim a relação amistosa

Na sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz, nessa segunda-feira, 12, a decisão de vereadores de oposição de não dar assinatura para votação de projetos do Palacinho em regime de urgência acirrou novamente os ânimos entre o líder de governo, Henrique Hermany (PP), e a líder do PTB, Nicole Weber.

O Regimento Interno da Câmara prevê que, para ser votado em plenário, um projeto precisa tramitar por no mínimo três sessões. Votações de urgência dependem de acordo entre todos os líderes de bancada. Desde o início do ano, essa foi a primeira vez que a bancada do PTB, principal sigla de oposição, negou o acordo.

O pedido da base aliada envolvia cinco projetos, incluindo dois que autorizavam obras de pavimentação em regime de parceria e outro que prorrogava a contratação temporária de servidores municipais. Inconformado com a falta de assinatura, Henrique subiu à tribuna e acusou os petebistas de “mesquinharia política”. “É o morador da rua que vai comer poeira porque a bancada do PTB não quis assinar regime de urgência”, disparou.

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Na sequência, Nicole alegou que os vereadores têm direito de “se inteirar para votar com consciência” e que o regime de urgência deve ser uma “excepcionalidade”. Segundo ela, a decisão por não viabilizar a votação se deu porque a bancada possui “algumas dúvidas” em relação aos projetos. Nicole afirmou ainda que a Câmara não pode ser tratada como “um parquinho do Executivo”.

O líder ainda rebateu, acusando a colega de agir por “vaidades pessoais”. Nicole pediu direito de resposta, mas o presidente Ilário Keller (PP) negou, alegando que não considerava a declaração uma ofensa pessoal. Quando conseguiu retomar a palavra, a oposicionista disse que os projetos não estavam sendo votados “por incompetência do governo” e cobrou Henrique por suas palavras. “Estou começando a ficar muito ofendida enquanto mulher e enquanto tua colega”, criticou. A discussão se deu menos de uma semana após Nicole, em entrevista à Gazeta do Sul, acusar o governo de sabotar projetos da oposição na Câmara, o que indica um tensionamento na relação até então amistosa entre Palacinho e PTB.

Outros vereadores também entraram no debate. Luís Ruas (PSD) criticou os petebistas por barrarem a votação em urgência. “O povo não quer o que está vendo aqui hoje. O povo quer obras, quer que as coisas andem”, disse. Já Alberto Heck (PT) defendeu o direito dos colegas de negarem o acordo. “O processo de debate entre Executivo e Legislativo não pode ser sempre classificado como vaidade ou picuinha. Se ela não assinou o regime de urgência, deve ter os seus motivos”, alegou.

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