A estação mais gelada do ano traz belas paisagens, principalmente no sul do Brasil, uma gastronomia apetitosa e roupas mais quentes para ajudar quem precisa sair de casa a aguentar os ventos e o clima de uma maneira mais aquecida. Mas, além disso, o inverno é marcado por diversos problemas de saúde que exigem muitos cuidados da população, entre eles o aumento no número de casos de problemas nos quadris.
De acordo com o médico Júlio Rigol, membro da Sociedade Brasileira do Quadril, a estação tende a aumentar as queixas dos pacientes. ‘‘Quem tem artrose do quadril, por exemplo, normalmente relata piora das dores em dias frios devido à diminuição do fluxo sanguíneo pela constrição vascular e aumento da sensibilidade nas terminações nervosas da articulação’’, diz Rigol.
Segundo o especialista, um dos motivos para o aumento de dores é a falta de exercícios físicos. ‘‘No inverno, as pessoas tendem a ficar mais encolhidas e mais em casa, causando um desconforto muscular devido ao pouco uso do membro acometido em dias de baixas temperaturas’’, afirma o médico. “Por isso, mesmo no frio, é preciso continuar fazendo exercícios e, antes disso, aquecer bem o corpo com alongamentos”, complementa.
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Outra dúvida de dezenas de pacientes é o local da dor: como saber se o que está doendo é o músculo ou o osso do quadril? Para o doutor Júlio Rigol há uma diferença bem definida. ‘‘A dor articular no quadril pode ser percebida porque está relacionada ao movimento, ou seja, quando a pessoa vai caminhar, acaba sentindo uma dor de ‘queimação’ na virilha, que pode ou não irradiar para a coxa e joelho e, às vezes, para a perna’’, destaca o médico. ‘‘Já quando é no músculo, a dor fica geralmente restrita ao músculo acometido, piorando à palpação do mesmo, podendo apresentar rigidez muscular’’, afirma.
Tratamento
Para auxiliar na melhora das dores durante o inverno, é preciso não abandonar os exercícios, mas, caso elas persistam, é preciso procurar um médico especializado para ter um tratamento adequado. ‘‘A fisioterapia faz parte do tratamento de patologias degenerativas do quadril e é preciso que um especialista faça o acompanhamento da melhora do paciente’’, finaliza Rigol.
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