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ALTA DOS COMBUSTÍVEIS

Preço médio da gasolina sobe R$ 0,16 em Santa Cruz

Foto: Rafaelly Machado

O preço dos combustíveis voltou a subir. Os consumidores já perceberam o reajuste nas bombas dos postos nessa terça-feira, 6. Em Santa Cruz do Sul, o valor médio da gasolina comum está em R$ 6,13, sendo que o posto mais caro vende o litro por R$ 6,29. Na última sexta-feira, a média estava em R$ 5,97. O preço médio da aditivada ficou em R$ 6,25, enquanto na semana passada estava em R$ 6,11. As informações foram divulgadas na pesquisa do Procon. Com relação ao diesel, a média está em R$ 4,40, abaixo dos R$ 4,43 registrados no dia 2. No tipo S-10, o preço passou de R$ 4,51 para R$ 4,49.

Conforme o aplicativo Menor Preço, do programa Nota Fiscal Gaúcha, o litro mais barato da gasolina comum em Santa Cruz do Sul nessa terça ficou em R$ 5,86, enquanto Lajeado tinha um posto vendendo por R$ 5,60.

Na segunda-feira, a Petrobras anunciou um reajuste de preços. A alta da gasolina foi de 6,3%, com o litro em R$ 2,69 nas refinarias, enquanto o diesel registrou elevação de 3,7%, com o litro a R$ 2,81. Foi a primeira alteração desde abril, quando a nova presidência da estatal tomou posse.

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O principal motivo foi a pressão de mercado. A defasagem estava em 20% na comparação com os preços praticados no exterior. Não há acordo para aumento na produção entre os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Um fator positivo para a gasolina é o início da safra de cana-de-açúcar. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum está custando, em média, R$ 5,93 no Rio Grande do Sul. No acumulado do ano, o diesel da Petrobras subiu cerca de 40%, enquanto a gasolina avançou 46%. Já o petróleo Brent (bruto) acumula alta de cerca de 50%.

A Petrobras também anunciou na última segunda-feira que o preço médio de venda de gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,60 por quilo, um aumento médio de 6%. Para o GLP especificamente, conforme o decreto 10.638/2021, estão zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e Cofins incidentes sobre a venda do produto quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 quilos. No caso do GLP, o preço final é acrescido do custo de envase nas distribuidoras. No ano, a alta do gás de cozinha chegou a 37,9%, cinco vezes o acumulado do IPCA em 12 meses, que chegou a 8,06%.

Em Santa Cruz do Sul, o preço médio do gás de cozinha está em R$ 93,80, sendo que fica em R$ 105,00 com a telentrega. No último levantamento do Procon, no dia 2, o preço médio estava em R$ 92,20 para retirada no local e R$ 102,75 com a telentrega.

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Composição do preço da gasolina, conforme a Petrobras, no levantamento mais recente, entre 20 e 26 de junho, em 13 capitais e regiões metropolitanas:

Preço da Petrobras na refinaria 32,2%
ICMS (imposto estadual) 28,5%
Custo do etanol anidro 15,7%
Cide, PIS/Pasep e Cofins 11,9%
Distribuição e revenda 11,7%

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Greve está programada por caminhoneiros
Conforme o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), a greve dos caminhoneiros, marcada para o próximo dia 25, continua de pé e ganha força com a alta. A entidade havia se reunido na semana passada com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna. “Deixamos claro no encontro que se o diesel subisse iria afetar seriamente não só os caminhoneiros, mas a sociedade em geral, que já está muito pressionada”, afirmou o presidente do CNTRC, Plínio Nestor Dias.

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Os petroleiros também criticaram o novo aumento dos combustíveis. Segundo o coordena-dor-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, o aumento veio da pressão de importadores de combustíveis e de investidores do mercado financeiro. “É mais uma clara demonstração da equivocada política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pelo governo Bolsonaro contra a população brasileira e que penaliza sobretudo os mais pobres”, disse.

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