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SAÚDE

Com baixa procura, Estado e municípios discutem vacinação contra a gripe nesta quarta

Reunião entre representantes da Secretarias Estadual da Saúde (SES) e secretarias municipais definirá nessa quarta-feira, 7, como será a continuidade da vacinação contra a gripe no Rio Grande do Sul. Oficialmente, a campanha iria até a sexta-feira, 9. Contudo, menos da metade dos grupos prioritários já recebeu a dose.

A definição será em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Até sair a definição, a orientação da SES é para os municípios seguirem a vacinação dos grupos prioritários. Entre os idosos, por exemplo, somente 57% foram vacinados, enquanto nas crianças esse índice ainda está em 60% e entre as pessoas como alguma comorbidade (doença crônica) essa cobertura é de 33%.

O Ministério da Saúde já informou que não haverá remessas extras aos Estados. Ou seja, a sequência da vacinação para novos públicos elegíveis será feita com aquelas doses remanescentes que não foram utilizadas pelos grupos prioritários. Ao todo, o público-alvo no Rio Grande do Sul é estimado em 5 milhões de pessoas. Dessas, cerca de 2,4 milhões já foram vacinadas e tiveram a dose registrada no sistema.

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Intensificação para idosos e outros prioritários

Os grupos prioritários foram elencados a partir da definição daquelas pessoas com mais risco de desenvolver casos graves da gripe. Por isso, a orientação ainda é manter o foco nesses públicos. Entre os quais, o grupo dos idosos ainda é um com cobertura inferior a 60% no Estado.

“A vacina estimula o sistema imunológico para que seja mais eficiente para combater o vírus. As pessoas precisam tomar vacina todos os anos porque o vírus muda, com o surgimento de novas cepas”, afirma o médico João Singer, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio Grande do Sul.

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Acrescenta que é preciso estimular os idosos a se vacinarem, “principalmente porque estamos com um inverno rigoroso e passando pela pandemia de coronavírus, o que já ocasiona um impacto muito grande no sistema de saúde, sempre lembrando que para a população idosa, um quadro gripal pode ser um grande complicador”.

“Faço um apelo aos idosos para fazerem a vacina da gripe porque é segura, não tem efeitos colaterais. Nós, geriatras, aprovamos e indicamos porque é um fator de proteção importante. Muitas vezes, um quadro gripal pode agravar os sintomas de outras doenças, como diabetes e insuficiência cardíaca, ou levar a uma pneumonia, situações que muitas vezes podem ser fatais”, alerta o médico.

LEIA MAIS: A uma semana do fim da campanha, cobertura vacinal contra a gripe atinge 60% da meta na região

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Vacinação contra a gripe no RS por grupos prioritários

Grupo / Doses aplicadas / Proporção
Crianças – 501.602 – 60%
Idosos – 1.221.763 – 57%
Povos indígenas – 22.705 – 90%
Professores – 77.261 – 55%
Comorbidades – 255.469 – 33%
Cobertura média em grupos prioritários: 47%

Outros Grupos
Forças de segurança e salvamento – 7.752
Forças armadas – 3.514
Caminhoneiros – 7.107
Trabalhadores de transporte – 3.652
Trabalhadores portuários – 168
Pessoas com deficiência permanente – 6.901
População privada de liberdade – 5.855
Adolescentes em medidas socioeducativas – 417
Funcionários do sistema prisional – 1.084

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