Diante do cenário de estiagem que fez com que, até esta sexta-feira, 10, pelo menos 28 municípios decretassem situação de emergência, o governador Eduardo Leite se reuniu com representantes das secretarias de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e do Meio Ambiente e Infraestrutura e com a Defesa Civil para discutir medidas a serem tomadas.
Atento às dificuldades enfrentadas pelos municípios e aos temores dos produtores rurais, cujas culturas são afetadas pela falta de chuva, Leite solicitou que as pastas, com o auxílio de órgãos de análise de dados, elaborassem um mapeamento das principais culturas afetadas e das estimativas climáticas para os próximos meses.
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“Estamos trabalhando para mitigar os efeitos do quadro apresentado e, também, na prevenção, com base no que estiver previsto para o restante do ano”, disse o governador.
O secretário adjunto de Agricultura, Luiz Fernando Rodrigues, adiantou que a falta de chuva deve se estender durante todo o mês de janeiro, podendo, inclusive, perdurar em fevereiro. “Algumas culturas que foram bastante atingidas necessitarão de replantio. Por isso, vamos pedir ao Ministério da Agricultura que prorrogue o prazo de zoneamento agrícola e que reserve uma cota extra do seguro agrícola”, explicou. As medidas, autorizadas pelo governador, tendem a trazer tranquilidade aos produtores rurais, e foram alinhadas com entidades envolvidas no setor.
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Neste momento, as culturas mais afetadas são milho, tabaco, soja e feijão. “O milho é a base da cadeia produtiva e deve afetar também a produção de leite. É uma cultura sensível. O feijão não foi afetado em algumas regiões, mas, em outras, as perdas variam entre 30% e 40%. O fumo foi bastante atingido pelo calor e falta de chuva, que enfraquece a folha. A soja também sofreu impactos severos nas regiões de Passo Fundo e de Não-Me-Toque”, detalhou Rodrigues.
Para a segunda-feira (13/1), está prevista nova reunião, desta vez com entidades como Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Federação da Agricultura do Estado (Farsul), a fim de confirmar as ações que serão encaminhadas para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
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Além dos 28 municípios com decreto de situação de emergência, conforme o mais recente boletim da Defesa Civil, da tarde desta sexta, 10, outros sete já registraram pedido no Sistema Integrado de Informações, mas ainda não formalizaram o decreto.
O órgão está distribuindo reservatórios móveis para as comunidades mais afetadas. Até o momento, 21 cidades receberam o empréstimo de 34 unidades de viniliq pipa (tanque flexível para transporte de água), com capacidade de 4,5 mil litros.
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