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AGRICULTURA FAMILIAR

Plantas bioativas são opção para diversificar na região

A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) apresentou, nessa sexta-feira, 25, os resultados e perspectivas do Arranjo Institucional de Suporte à Formação de Cadeias Produtivas de Plantas Bioativas na Região do Vale do Rio Pardo (Valeef). O evento ocorreu de forma híbrida. Na versão presencial, contou com a reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer, o diretor de Extensão e Relações Comunitárias, Angelo Hoff, o professor e coordenador técnico do projeto, Sandro Hillebrand e o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Schwanke. No virtual, participaram o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Rafael Zavala, que estava em Brasília.

O Valeef teve início em novembro de 2019 e foi lançado oficialmente um ano depois, em razão da pandemia. Resultado de um acordo de cooperação entre o Mapa, a FAO e a Unisc, busca desenvolver uma política pública de incentivo a negócios sustentáveis. Segundo Hillebrand, o Vallef cumpriu a proposta do Mapa e da FAO de desenvolver, dentro de um ano, um arranjo institucional capaz de implantar cadeias produtivas que fomentassem a diversificação, com um olhar de comercialização de seus produtos.

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“Esse projeto-piloto é voltado a plantas aromáticas que produzem óleos essenciais, mas o modelo poderá ser estendido a outras plantas bioativas para outras aplicações – medicinais, aromáticas ou outras propriedades especiais”, ressaltou. Após montar a equipe de trabalho, visitas técnicas ocorreram em instituições de referência no desenvolvimento de produtos em São Paulo, empresas produtoras no Paraná, viveiros no Rio Grande do Sul e a pequenos agricultores em diversas cidades.

Segundo Hillebrand, o objetivo do projeto não é somente iniciar o plantio, mas formar uma cadeia produtiva sustentável. “Encontramos oportunidades dentro da agricultura familiar, mas precisamos formar a cadeia completa. Para isso, calculamos qual a área de plantio de que o produtor vai precisar, qual o volume de mudas necessárias, a época adequada para o plantio e fizemos duas chamadas a agricultores da região interessados em participar. Eles responderam a um questionário e estamos trocando experiências.”

Um grupo de 39 produtores interessados no plantio foi formado. A expectativa é de que o cultivo de espécies como hortelã-pimenta, alecrim, lavanda dentada e capim-limão comece ainda em setembro. “Temos mercado assegurado. O produtor poderá investir em sua própria destilaria ou produzir a biomassa direto para a destilaria. Temos três destilarias parceiras do Valeef que compram o óleo essencial produzido e uma que compra a biomassa (as plantas).”

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Renda no campo

Carmen Lúcia destacou que a Unisc busca a cada ano novos resultados em diferentes áreas. “Ter alianças estratégicas para o sucesso de um projeto pioneiro e estabelecer relações com o Mapa, FAO, Embrapa, Fiocruz e entidades de produção científica, isso é o que uma universidade faz. Podemos dizer que crescemos como pesquisadores”, afirma.

Fernando Schwanke enfatizou que o projetopiloto servirá de modelo para todo o País, em especial para manter mais pessoas na área rural. “Estamos falando em manter o jovem na propriedade rural e criar oportunidades. São iniciativas como essas que garantem que, aqui no Vale do Rio Pardo, tenhamos 40% da população no meio rural, diferente de outras regiões, que têm uma média de 20%. A explicação para isso é a geração de renda na atividade rural .”

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