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Investigação

Polícia aponta apenados como mandantes de homicídio no Arroio Grande

Foto: Alencar da Rosa

A Polícia Civil concluiu na tarde desta sexta-feira, 18, o inquérito referente ao homicídio de Erickson da Silva Pires, de 26 anos, ocorrido no dia 17 de maio, no Bairro Arroio Grande. Os agentes da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) apuraram que dois apenados do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul foram os mandantes do crime. O caso tem como pano de fundo o tráfico de drogas.

De acordo com o delegado Alessander Zucuni Garcia, a vítima possuía uma dívida com um dos presos, de 25 anos. Este teria arquitetado a morte de Pires junto de outro preso, de 33 anos, que chamou o autor do homicídio para realizar o crime. “Desta dupla que coordenou o crime, o que tinha o crédito a receber da vítima, conseguiu organizar a maneira de transportar a arma de fogo para que o autor, com vinculação ao outro preso, efetuasse os disparos”, explicou o delegado.

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O inquérito remetido ao Poder Judiciário contou com 370 páginas. Dezesseis testemunhas foram ouvidas. Dentre as informações confirmadas, estão a quantidade de ferimentos ocasionados pela arma de fogo. Foram três na cabeça da vítima, correspondentes a entrada de projétil de um revólver calibre 38 – a arma não foi localizadas pelos investigadores.

O nome dos dois detentos que coordenaram os crimes não foi revelado. Ainda assim, de acordo com o delegado Alessander, sabe-se que são traficantes que atuam na área dos bairros Arroio Grande e Progresso.

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Ligação antes da morte foi de apenado

Na tarde de 17 de maio, Erickson da Silva Pires, morador do Bairro Bonfim, recebeu uma ligação para ir até as proximidades do Sesi, junto a um minimercado, em local conhecido como a “nova Imigrantes”. Lá, o rapaz foi alvejado por um homem, que chegou em um veículo. Na investigação, a 2ª DP descobriu que foram três pessoas que chegaram no carro, no momento do crime.

O atirador, de 19 anos, estava no banco de trás, enquanto um outro homem, de 22 anos, dirigia, e um terceiro indivíduo, de 19, estava no banco do carona. No último dia 8 de junho, a Polícia Civil prendeu o principal suspeito de ter efetuado os disparos que vitimaram Erickson da Silva Pires. Também foram identificados os outros dois participantes que estavam no automóvel.

Sabia-se que Erickson tinha antecedente por tráfico e era usuário de drogas. Dentre as informações que foram descobertas na investigação, está que quem ligou para Erickson antes de ele morto, o indicando a ir até o local do crime, foi o apenado que tinha crédito a receber da vítima. Embora o conteúdo da conversa não tenha sido revelado, sabe-se que o contexto aponta para o tráfico de drogas.

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Até então, os autores do crime iam responder por homicídio qualificado – com a qualificadora sendo pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que foi pega de surpresa. No entanto, segundo o delegado Alessander Zucuni Garcia, com a elucidação completa do caso, sobretudo em virtude da motivação, o indiciamento foi alterado para homicídio duplamente qualificado, também pelo motivo torpe.

O atirador, assim como os dois detentos que coordenaram o crime, estão no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Já os outros dois indivíduos, que estavam no veículo no momento do crime, vão responder em liberdade por terem condutas de menor gravidade na prática do assassinato.

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