A temporada 2021 tem sido muito especial para o santa-cruzense Juarez de Mello Júnior, de 31 anos. Depois de atuar em seis das 11 partidas da primeira fase do Gauchão, ele está pronto para alçar voos ainda maiores. Aprovado nos testes teórico e prático, o assistente de arbitragem passa a integrar o quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A estreia acontecerá neste sábado, 5, no duelo entre Grêmio e Ceará, pelo Campeonato Brasileiro Sub-17.
“Quando a gente tem um objetivo a ser alcançado, devemos batalhar e focar e se dedicar dentro e fora do campo. Tudo que fiz desde 2013 até hoje, com a ajuda da minha família, significa que tudo valeu a pena cada momento, cada incentivo que tive, alguns momentos difíceis também, mas nunca baixei a cabeça. Quando a gente quer, temos que saber enfrentar as dificuldades para um dia chegar a uma vitória na vida. Dedico essa conquista a minha família e especialmente ao meu pai (Juarez de Mello) e minha mãe (Vera Marlisa), que está no céu orgulhosa de mim.”, disse Juarez, que iniciou a trajetória a partir de 2014, em partidas das categorias de base estadual – infantil e juvenil. “É um sonho realizado estar na elite do futebol gaúcho e agora em âmbito nacional”, completou.
Sem o recurso do árbitro de vídeo (VAR), o assistente salientou a necessidade de diminuir os erros. A orientação é para que o grupo de arbitragem esteja sempre atento, focado e bem posicionado. “É preciso ter um planejamento sobre o eventual jogo em que iremos trabalhar, para que tenhamos poucas falhas e que não haja um erro capital, ou seja, a meta é que passemos despercebidos”, comentou Juarez.
Publicidade
A exemplo de outras profissões, a atualização é extremamente necessária nas quatro linhas. Entre os métodos utilizados para ampliar o conhecimento estão livros sobre regras de futebol e acompanhamento de jogos pela TV. “Também temos aulas técnicas da Federação por videoconferência”, apontou.
Na preparação de cada escala, os exercícios físicos fazem parte do cotidiano. “Tenho uma boa experiência em treinos específicos de alto nível, e sou apaixonado por corrida, então eu sigo com os mesmos treinamentos semanais que fazia na época de atleta da Unisc. Também faço musculação três vezes por semana na academia”, revelou o assistente.
Juarez defende a profissionalização
Perguntado sobre as maiores dificuldades, Juarez de Mello Júnior apontou o fato de a arbitragem não ser profissionalizada. “Nem todos os árbitros vivem só da arbitragem, mas alguns apenas disso. Nessa pandemia em que estamos, prejudicou muito, pois o futebol ficou suspenso e os árbitros passaram por necessidades por não ter carteira assinada. Mas acredito que isso um dia vai mudar”, projetou o assistente.
Publicidade