No mesmo período em que os católicos de Sinimbu estavam envolvidos na construção da nova igreja, os evangélicos luteranos também começaram as discussões envolvendo a reforma do antigo templo ou a construção de uma nova edificação, diante do crescimento no número de fiéis da paróquia nos últimos anos da década de 1930. Uma assembleia geral da comunidade no dia 28 de maio de 1938, com a participação de 159 associados, realizou a votação para escolha do local onde seria erguida a nova igreja.
O resultado do plebiscito apontou 76 votos para a permanência no mesmo local e 83 para a construção na Vila de Sinimbu. Conforme o arquiteto Ronaldo Wink, na pesquisa denominada A cidade de Sinimbu e sua arquitetura religiosa, o fato de a antiga igreja estar localizada a uma certa distância do núcleo urbano certamente foi um fator decisivo, e que acabou levando a comunidade a optar pela construção de um novo templo na vila.
A aprovação da compra do terreno para a construção da nova igreja ocorreu em 2 de julho de 1938; estava situado no lado direito da extremidade norte da rua principal de Sinimbu. A partir de então, começaram os contatos para a escolha do projeto arquitetônico, com a definição do engenheiro-arquiteto Otto Hermann Menchen como autor. A proposta previa uma nave para 262 fiéis sentados, com o estilo historicista, ou seja, inspirado em uma mescla de elementos e correntes arquitetônicas do passado, entre elas o gó tico. Os membros da paróquia aprovaram a execução do trabalho por 73 votos a favor, com 58 manifestações contrárias.
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O orçamento para as obras previa o custo total de 140 contos de réis para a construção, com a destinação de 12 contos de ré is como honorá rios ao engenheiro Otto Herman Menchen e 40 contos de ré is para o pagamento da mão de obra. O cargo de engenheiro responsável pela execução coube a Ernesto Kurt Lux, tendo como mestre de obras inicial Guilherme Lange, e como mestre carpinteiro Felipe Kreutzer. Ainda conforme a pesquisa de Wink, foi definido que a cada só cio caberia a realização dos seguintes serviços gratuitos: puxar seis carroças de pedras, puxar um dia de areia, doação de 2 mil tijolos, um dia de serviço de terra e um dia de puxar cascalho.
O lançamento da pedra fundamental ocorreu no dia 16 de abril de 1939. O arquiteto Ronaldo Wink lembra em seu trabalho de pesquisa que a construção do novo templo transcorreu em um período bastante difícil para a população de origem teuto-brasileira, devido à eclosão da 2ª Guerra Mundial, que durou até 1945. Isso gerou dificuldades econômicas, fazendo escassear os recursos destinados pela comunidade à execução da obra. A inauguração aconteceu dez anos depois do início dos serviços, no dia 27 de novembro de 1949, data que coincidiu com o dia do aniversário do pastor Gustaf Engelbrecht, que assumiu o cargo na paróquia em julho de 1948.
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Conjunto de edificações
A nova e ampla casa paroquial da Comunidade Luterana, localizada ao lado esquerdo da igreja, foi inaugurada somente em 1956. O conjunto de prédios ainda apresenta, nos fundos do terreno, além do pavilhão de festas, uma pequena edificação construí da na técnica de enxaimel. Ameaçada de demolição, ela foi salva pela iniciativa do pastor Klaus Werner, sendo desmontada e removida da localidade de Linha Rio Grande, onde era utilizada como escola primá ria municipal desde o fim do século 19. A estrutura foi transferida para o pá tio da igreja em novembro de 1989 e passou a sediar atividades religiosas e educacionais destinadas às crianças.
Primeiros cultos na localidade foram em residências improvisadas
Os primeiros imigrantes alemães de confissão religiosa luterana chegaram na colônia de Sinimbu no final de 1857 e logo procuraram organizar as atividades de culto na localidade. As cerimônias inicialmente ocorreram na residência de Nicolaus Leonhardt e passaram a ser oficiadas a partir de 1859 nas dependências da escola construída próximo ao acesso para o “Wurstwinkel”, em Alto Sinimbu, conduzidas por um pastor leigo proveniente de Linha Teresa, atual cidade de Vera Cruz. As comunidades começaram a ser atendidas espiritualmente em 1866 pelo pastor Christiano Smidt, da Paró quia de Rio Pardinho, onde ele também atuava como professor na escola.
A pesquisa denominada A cidade de Sinimbu e sua arquitetura religiosa, desenvolvida pelo arquiteto Ronaldo Wink para a Diretoria de Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), como professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, revela que em 1869 houve a conclusão da igreja da Comunidade Evangélica Luterana em Linha São João, que ainda hoje se encontra em uso. Em 1875 ocorreu a inauguração da primeira igreja Evangélica em Linha Sinimbu, do lado esquerdo da estrada para Alto Sinimbu, nas proximidades da antiga casa comercial Hermany, atualmente Wendland.
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A pequena edificação, de autoria do engenheiro prático Roberto Puhlmann, tinha arquitetura simples, dotada de planta baixa retangular e fachadas simétricas. Como reforço estrutural, houve a utilização de contrafortes nas quinas e no meio das paredes laterais da edificação. Quatro janelas em cada lado da nave garantiam a ventilação abundante e a iluminação natural ao interior do templo. A fachada principal apresentava porta central com moldura em modenatura, estando ladeada por duas janelas. A pequena torre foi construí da somente em 1915.
As comunidades de Linha São João e Linha Sinimbu, com 45 e 164 famílias, respectivamente, criaram uma nova paróquia em 9 de junho de 1907, desligando-se de Rio Pardinho. O primeiro pastor foi Carl Alexander Hammann, que permaneceu até 1919, quando retornou à Alemanha.
Localização valoriza as características
A localização do novo templo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em um terreno alto ao final da rua principal de Sinimbu contribuiu de forma inequívoca para que a edificação se tornasse mais um marco arquitetônico para a comunidade.
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Ronaldo Wink observa em sua pesquisa que esse aspecto pode ser confirmado por quem chega à cidade vindo de Santa Cruz do Sul pela rodovia RSC-471, quando a esbelta torre logo se destaca na paisagem do núcleo urbano. Com características arquitetônicas do neogótico, tais como aberturas em arco ogival e torre agulha, a edificação, no entanto, apresenta uma linguagem diferenciada, onde tradicionais elementos de composição do estilo, tais como torrões, pináculos e rendilhados, foram suprimidos.
O projeto elaborado pelo engenheiro-arquiteto Otto Herman Menchen sofreu alterações no transcorrer da obra. As principais delas estão na cobertura dos volumes laterais à porta de entrada, que originalmente haviam sido previstas com recobrimento de telhas francesas, e na eliminação de 22 aberturas triangulares, com 11 de cada lado da cobertura da nave, que serviriam para uma melhor ventilação do grande sótão sob o telhado.
A alta e esguia torre domina a fachada principal da igreja, levemente à frente do corpo principal da edificação. Com 51 metros de altura, a estrutura possui quatro segmentos escalonados, gradativamente menores em direção ao topo. No trabalho de pesquisa, Ronaldo Wink descreve minuciosamente os componentes arquitetônicos de cada volume. Uma das curiosidades é que, por falta de recursos, houve a compra apenas da parte frontal do relógio em 1949, com a instalação dos demais mecanismos em 1950.
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Parte interna
A parte principal no interior da edificação tem planta retangular, formada pelo vestíbulo, pela nave e pelo presbitério. Nas paredes laterais há uma sequência de seis grandes aberturas em arco ogival, dispostas aos pares e separadas por esbeltas colunas, finalizadas ao alto por um vitral sob forma de quadrifólio. Nessas janelas, os vitrais apresentam motivos geométricos, constituí dos por apenas dois tipos de desenho, que se repetem igualmente aos pares. Junto à parede lateral esquerda destaca-se um púlpito elevado por um pilar, executado em madeira e apresentando detalhes decorativos esculpidos em baixo relevo. O forro, tanto da nave quanto do coro, possui forma ogival, sendo executado em placas de madeira clara.
O presbitério, elevado por dois pequenos lanços de escada, totalizando cinco degraus, é separado da nave por um grande arco ogival com molduras escalonadas, sendo ladeado por duas pequenas salas que servem de sacristia e apoio à s celebrações religiosas. Como revestimento de piso, houve a utilização de lajotas de ladrilho hidráulico com motivos geométricos nas cores marfim, azul claro e preto no vestíbulo, no depósito e no acesso ao coro e nave. Motivos florais em marfim, amarelo, preto e bordô revestem o presbitério. A sacristia e a sala de apoio receberam piso de madeira.
O mobiliá rio cerimonial é constituí do pela mesa do altar e parlatório, juntamente com um crucifixo, dois vasos, dois castiçais e uma toalha branca. Faz parte do conjunto um pequeno batistério de madeira, que se encontra no primeiro patamar. Um tapete vermelho destaca a escadaria e a á rea do altar. Ao fundo, um grande crucifixo esculpido em madeira por Walter Radesey, de Porto Alegre, constitui-se no ponto focal do interior da igreja.
Uma obra com grande qualidade e charme especial
Apesar de constantes manutenções no decorrer dos anos, na primeira década do novo milênio ocorreram as obras mais profundas de conservação da igreja evangélica de Sinimbu. A parte interna ganhou nova pintura em 2004 e nas fachadas em 2007, mantendo as cores originais. Nessa mesma ocasião, uma rampa para uso de pessoas com dificuldades de locomoção também foi acrescentada junto ao acesso frontal.
O pastor Mauri Magedanz, há oito anos na paróquia, afirma que com o tempo não houve qualquer problema de estrutura. Isso demonstra a qualidade na execução da obra, inaugurada em 1949. Os recursos para a manutenção são obtidos com a colaboração da comunidade, como rifas e o Livro Ouro, que passa de casa em casa para as pessoas fazerem a sua oferta.
Magedanz afirma que, entre tantas necessidades existentes, a igreja é uma das atividades essenciais. Atualmente, 2,2 mil pessoas congregam a paróquia evangélica de Sinimbu. Destas, a comunidade do Centro conta com 800 pessoas batizadas. Conforme o pastor, os membros e as famílias procuram a igreja com certa regularidade. Mesmo no período da pandemia, os cultos pelas redes sociais nunca têm menos de mil visualizações. “A internet revelou que as pessoas prezam pela religião”, disse.
O pastor destaca que a igreja também tem importância nas maiores decisões do município e sempre está presente. Explica ainda que existe a recomendação para cada família fazer as suas celebrações e ritos em suas comunidades para criar o vínculo. Mas a construção do centro é uma referência e muitos casais, por exemplo, após o casamento em cartório, param na frente para fazer fotos. “O templo do Centro tem o seu charme”, afirma Magedanz. O espaço também é requisitado para os cultos de formaturas e outros eventos especiais.
Durante o ano, datas tradicionais reúnem maior participação nos cultos, como a celebração de Natal, que costuma reunir mais de 300 pessoas, além de Sexta-feira Santa, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais. O pastor explica que há cinco anos a comunidade começou a relembrar os aniversários de batismo, assim como de confirmações, encontros que sempre têm grande participação. “Antes da pandemia, nessas datas a comunidade oferecia almoço e vinha toda a família das pessoas homenageadas”, afirma.
Pesquisa
O pastor Mauri Magedanz ressalta o trabalho de pesquisa do arquiteto e professor da Unisc sobre as obras das duas principais igrejas no município, A cidade de Sinimbu e sua arquitetura religiosa. Observa que o material anterior tinha muito texto e nunca houve uma publicação onde as pessoas pudessem visualizar todos os aspectos descritos por meio das fotos.
Quem foram os autores dos projetos
Responsável pelo projeto da Igreja Nossa Senhora da Glória, Simon Gramlich nasceu aos 7 de agosto de 1887 em Herbolzheim, atual Estado de BadenWürtemberg, na Alemanha. Essa localidade foi anexada à atual cidade de Neudenau em 1975. Junto a seu pai e irmã os, aprendeu na prática técnicas construtivas e de projeto. No ano de 1922 emigrou para o Brasil, chegando ao porto de Recife a bordo do vapor Hol, no dia 22 de janeiro. Depois, viajou para o Rio Grande do Sul, onde se estabeleceu inicialmente na atual cidade de Bom Princípio, no Vale do Caí. Gramlich trabalhou também em Porto Alegre, sendo responsável pelo projeto e execução de uma das alas do Colégio Marista Rosário. Posteriormente, mudou-se para Santa Cruz do Sul, onde projetou diversas edificações religiosas na cidade e em localidades vizinhas.
Depois de realizar muitos projetos na região, bem como gerar diversos atritos com as comunidades onde trabalhou, principalmente por seu temperamento forte e extrema exigência quanto a cumprimento das diretrizes arquitetônicas de seus projetos, Gramlich se mudou repentinamente para Blumenau, Santa Catarina, em 1931. Lá seguiu com a profissão de arquiteto, envolvendo-se em empreendimentos voltados ao setor imobiliário e também ao projeto de diversas igrejas, como a nova catedral de Blumenau, com plano não executado, e os templos católicos das cidades de Itajaí , Gaspar, Rio do Sul, Jaraguá , Sã o Bento e Indaial, entre outras. Com a experiência das obras realizadas no Rio Grande do Sul, atingiu grande fama em todo o Estado, particularmente no Vale do Itajaí , á rea de forte imigração alemã. Gramlich tem catalogados somente no Arquivo Histórico José Ferreira da Silva, de Blumenau, mais de 477 projetos. Depois de se mudar para Santa Catarina, nunca mais retornou a Santa Cruz do Sul e nem viu as suas obras na região concluídas. Morreu em 1968, aos 81 anos.
Autor do projeto do templo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil na cidade de Sinimbu, Otto Hermann Menchen nasceu em 20 de agosto de 1876 na cidade de Landau, na Alemanha. Formou-se engenheiro-arquiteto em Munique. Em torno de 1900 emigrou para o Brasil, estabelecendo-se inicialmente em Santa Catarina. Em 1903 já trabalhava em Porto Alegre, no escritório de Rudolf Ahrons, onde foi responsável pelos projetos do edifício Chaves Barcelos e da Faculdade de Direito, entre outros. A partir de 1908, com escritório próprio, produziu diversas obras de destaque, entre elas o prédio da Alfândega, o pórtico principal do Colégio Militar e a Casa Godoy.
Em 1930 fixou residência em Santa Cruz do Sul, onde trabalhou principalmente como consultor técnico em projetos voltados a fumicultura e rizicultura. Na região projetou e executou várias obras, como a residência Bartholomay, localizada na rua principal de Santa Cruz. O prédio ainda existe: trata-se do sobrado onde se encontra a Allegra Turismo, na Rua Marechal Floriano, 397. O túmulo de Menchen e sua esposa se localiza em um nicho no muro do Cemitério Municipal, no lado direito de quem entra. (Fonte: A cidade de Sinimbu e sua arquitetura religiosa, de Ronaldo Wink).
Dois símbolos da fé e do espírito empreendedor de sua população
O estudo sobre as edificações religiosas na região entre as décadas de 1920 e 1930, desenvolvido pelo arquiteto Ronaldo Wink para a Diretoria de Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), como professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, revelou o trabalho de vários profissionais de qualidade e renome, na maioria de origem alemã, com ou sem formação superior. Além de mostrar um período áureo para a arquitetura da região, com a realização de grandes obras, as construções provam o fervor religioso da população, principalmente em um período de prosperidade econômica, baseada nas exportações agrícolas, especialmente do tabaco.
Wink observou ao final da pesquisa que a construção das duas igrejas em Sinimbu coroou de forma brilhante a trajetória de luta e dedicação empreendida pelos primeiros imigrantes alemã es na região. “Através de seu trabalho incansável, venceram os mais árduos desafios.”
ENTREVISTA
Ronaldo Wink
Arquiteto e professor da Unisc
Gazeta do Sul – O senhor acredita que, com a pesquisa, mostrando aspectos das obras, como fotos e a descrição de detalhes que as pessoas muitas vezes não observam, haverá maior valorização dos templos?
Ronaldo Wink – Sem dúvida, o conhecimento ou o reconhecimento do valor de um bem sempre traz consigo uma maior valorização. Não se ama o que não se conhece. A pesquisa sobre a história e as características arquitetônicas destes dois monumentos da arquitetura religiosa de Sinimbu certamente trará muitos interessados nesses dois aspectos. O turismo regional poderá ser amplamente alavancado, unindo, por exemplo, as cidades de Rio Pardo, Santa Cruz e Sinimbu. Um roteiro rico e diversificado. Pois, além da arquitetura, temos a cultura, a gastronomia e belas paisagens naturais.
Ultimamente começou a se falar na criação de uma rota de turismo religioso na região. Isso passou a ganhar ainda mais força com o destaque dado à construção do Cristo Protetor, em Encantado. As duas igrejas de Sinimbu têm potencial para fazerem parte de um roteiro?
Wink – Quanto ao turismo, só acrescentando: a peculiaridade das edificações religiosas de Sinimbu, tanto da igreja católica quanto da evangélica luterana, destaca-se no cenário estadual e nacional. Suas dimensões e acabamentos internos são únicos. Tal qual em Santa Cruz, onde temos a maior igreja neogótica e a maior igreja Evangélica Luterana, Sinimbu, pela dimensão de sua população, fez verdadeiros “milagres” ao erguer tão imponentes edificações em uma localidade tão pequena. Tudo isso em torno da primeira metade do século 20.
O pastor Mauri comentou sobre a qualidade da construção da igreja evangélica, pois não apresenta qualquer problema estrutural. Isso mostra a qualidade do trabalho dos responsáveis pela obra na época e também do material utilizado, mesmo sem grandes recursos tecnológicos?
Wink – Sim, as construções na época eram feitas para durarem. Ainda mais em se tratan do de prédios religiosos, havia todo um cuidado extra da comunidade e dos construtores quanto à solidez e à durabilidade. Característica esta encontrada nos edifício para esse fim desde os tempos mais remotos. “Para Deus, sempre o melhor.”
Entre as diversas igrejas projetadas por Gramlich, Sinimbu é uma das poucas com apenas uma torre. Isso também representa um diferencial, diante da grandiosidade da maioria das obras dele?
Wink – O arquiteto Simon Gramlich sempre optou por obras de grande impacto e esmero arquitetônico, mas sabia lidar muito bem com a questão da proporção. Para igrejas menores, a torre única ele considerava mais apropriado. Com torre única temos a sua primeira igreja construída no Brasil, em São Vendelino (RS), infelizmente derrubada no início dos anos 1980. Também a pequena igreja de Linha General Osório, interior de Monte Alverne, e a católica de Passo do Sobrado. Para as maiores, sempre optou por duas torres, como em Santa Cruz e Venâncio Aires. Em Santa Catarina, seguiu essa mesma regra, e quase todas as igrejas, projetadas e construídas, por serem de grandes dimensões, possuem duas torres.
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