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Seca

Municípios declaram situação de emergência por causa da falta de chuva

Safra normal do milho não deve ser prejudicada, mas as perdas na chamada safrinha, plantada mais tarde, podem chegar a até 40%

Os municípios da região já sentem os efeitos da estiagem prolongada que atinge o Vale do Rio Pardo. O prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert (PSB), assina nesta segunda-feira, 6, o decreto que declara a situação de emergência nas áreas mais afetadas pela seca. Uma equipe técnica percorreu diferentes localidades do interior durante dois dias para fotografar e mapear as áreas com maiores problemas em consequência da escassez de chuva. Com o documento de situação de emergência, poderão ocorrer de forma menos burocrática a contratação de serviços, pedidos de auxílio de voluntários e outras ações.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural, André Kaufmann, todo o município foi atingido, mas as regiões com mais problemas são Linha Arlindo, Estância Mariante, Palanque, Mariante e parte de Santa Emília. Muitos moradores, inclusive, enfrentam falta de água e caminhões-pipa do município estão sendo usados para abastecer as famílias com água potável para consumo e não tratada para os animais. “Desde o final de dezembro, são cerca de 40 famílias que recebem em torno de 15 mil litros de água por dia”, explica.

Dados obtidos com a Emater apontam que a estiagem já causou danos de mais de R$ 40 milhões aos produtores rurais em Venâncio. As perdas são consideradas irreversíveis e abrangem mais de 1,5 mil famílias. O tabaco teve 9.150 hectares atingidos, representando uma perda de 14,9% da estimativa de produção. Isso representa mais de R$ 31 milhões que deixam de ser injetados na economia. Até o momento, os agricultores já colheram cerca de 85% da produção.

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A safra normal do milho, plantado entre julho e agosto, terá um bom resultado. Já a chamada safrinha, plantada entre agosto e setembro, terá perdas de 35 a 40%. A produção de leite também deve ter redução de 15%, o que vai causar um aumento no preço do produto e derivados. A erva-mate também sofre com perda da qualidade, que deve afetar o preço de 5 a 10%. Já o setor de hortifruti enfrenta perdas de 60% neste período. O relatório sobre a falta de chuva aponta ainda prejuízos nas culturas de soja, feijão, bovinos de corte, arroz, suinocultura e pastagens.

Candelária
O município deve concluir nesta segunda-feira,6, o levantamento dos prejuízos causados pela estiagem. Conforme o prefeito Paulo Butzge (PSB), o dano causado na agricultura já chega a 25% e deve aumentar nos próximos dias. As principais culturas afetadas são a soja, milho, fumo e a pecuária. Todas as regiões sofrem com a falta de chuva, mas a área mais afetada até o momento é a divisa com os municípios de Rio Pardo e Cachoeira do Sul.

O decreto de situação de emergência deve sair esta semana. A medida é importante para que o município possa receber recursos emergenciais para a redução dos impactos da seca. Segundo Butzge, já há famílias atingidas e um caminhão-pipa com água potável foi levado até a localidade do Pinheiro na semana passada.

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Encruzilhada do Sul
O prefeito em exercício Álvaro Damé Rodrigues decretou situação de emergência devido à estiagem na última sexta-feira. Conforme o documento, na zona rural a deficiência hídrica é severa: há desabastecimento de água para o consumo humano e animal, córregos e sangas estão secando e o Rio Camaquã está com nível baixo e diversos locais de assoreamento. Os prejuízos na agricultura também são grandes nas lavouras e principalmente na pecuária.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Encruzilhada do Sul, Jorge André Barra Cardoso, a grande diferença nesta estiagem são as altas temperaturas, que já ocasionam deficiência alimentar, pois os cultivos de subsistência foram comprometidos.

Sinimbu
De acordo com a prefeita Sandra Backes, o município está realizando reuniões e levantamento de dados desde a semana passada e deve decretar, ainda nesta segunda-feira, 6, a situação de emergência devido à estiagem.

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Sinais da estiagem visíveis até na cidade
A estiagem que afeta a região neste início de ano já pode ser sentida até no Centro de Santa Cruz. Gramados, árvores e pequenas plantas sofrem com os efeitos do calor e falta de chuva, não só nas residências, mas também em canteiros e nas praças. No entanto, apesar dos transtornos, a Prefeitura ainda não encontra maiores dificuldades causados pela seca. Conforme o secretário municipal de Obras, Gerson Vargas, ainda não há problemas na área central da cidade e a estiagem não prejudica as obras em andamento.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Raul Fritsch, dois caminhões-pipa da Prefeitura estão atendendo as localidades que estão sem água. “São mais de 40 mil litros por dia distribuídos durante a manhã e à tarde, com quatro funcionários trabalhando para levar água para consumo”, conta.

O problema afeta as localidades de General Osório, Vitorino Monteiro, Linha Brasil, Linha Hamburgo, Linha Júlio de Castilhos e São Martinho, todas na região de Monte Alverne, além de Cerro Alegre Baixo, São José da Reserva, Reserva dos Kroth, Rio Pardinho e Rincão dos Oliveiras. As solicitações de água devem ser feitas das 8 horas às 14 horas pelo número 3713-8242, da Secretaria do Meio Ambiente.

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Enquanto no Centro a vagetação é afetada, no interior moradores ficam sem água

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