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Saúde

Ceratocone: quais são os sinais que devem ser observados para evitar consequências

Um problema que costuma se manifestar na infância e adolescência, mas que pode trazer consequências para toda a vida se não for tratado. Este é o ceratocone, que afeta uma em cada 2 mil pessoas conforme o Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Foi isso que motivou o lançamento da campanha Violet June, ou Junho Violeta. Com o tema Esfregar e coçar os olhos prejudica a visão, a ação busca divulgar informações a respeito do problema que se manifesta a partir de uma soma de fatores, segundo especialistas. “Existe uma relação bem marcante entre o hábito de coçar os olhos na infância e o aparecimento do ceratocone, devido ao trauma crônico que este hábito causa”, explica o oftalmologista Douglas Weiss.

Com maior incidência entre os 13 e 18 anos, o problema tende a se estabilizar por volta dos 35. Conforme o médico, o ceratocone é uma doença degenerativa da córnea, estrutura transparente que fica à frente da íris no olho. “Ocorre devido a um progressivo abaulamento e afinamento corneano, que gera um aspecto de Cone na córnea. Isso causa um problema de astigmatismo e miopia progressivos que levam a uma visão turva, bem importantes”, explica. A história familiar está presente de 6 a 8% dos casos.

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Embora seja progressiva, a doença pode ser tratada. Conforme o oftalmologista, quanto antes se buscar o diagnóstico adequado, melhor. Por isso, as alergias oculares devem sempre ser tratadas, para evitar seu aparecimento. Nessa época do ano, as alergias oculares podem se acentuar e, por isso, diante de sinais assim, deve-se procurar oftalmologista para realizar um tratamento adequado.

Nos casos mais brandos, o tratamento do ceratocone é inicialmente realizado por meio de óculos. Para situações mais severas ou um pouco avançadas, podem ser prescritas lentes ou até cirurgias. O tratamento cirúrgico, com transplante de córnea, é indicado para quadros mais avançados. Após a cirurgia, geralmente é necessário o uso de lentes de contato para melhor acuidade visual. “Atualmente, as cirurgias e lentes de contato evoluíram muito e possibilitam uma ótima reabilitação visual para o portador da doença”, frisa o médico.

SEM COÇAR 

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O tema da campanha mundial em torno do ceratocone tem como objetivo alertar a população quanto ao risco de um hábito aparentemente comum: coçar os olhos. A combinação deste costume aliada à predisposição genética é considerada um fator de risco. Por isso, é importante o diagnóstico precoce para evitar a sua progressão. Em casos iniciais, o uso de óculos é suficiente para a melhora da visão.

Doenças como asma e rinite também são consideradas fatores de risco. Por isso, uma recomendação amplamente divulgada é que pessoas alérgicas evitem ambientes com ácaros ou empoeirados, pois isso pode servir de gatilho para a coceira. Dentre os exames para o diagnóstico estão a topografia de córnea, que pode ser realizada no consultório.

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