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Conheça os mitos e as verdades sobre o glaucoma

Uma das maiores causas de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença assintomática e, muitas vezes, apenas em estágios mais avançados, o paciente apresenta sintomatologia. Para entender um pouco mais sobre isso, o Prof. Dr. Remo Susanna Jr, Prof. Titular de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), preparou uma lista com os principais mitos e verdades a respeito do glaucoma.

Entre os fatores mais comuns que favorecem o desenvolvimento do glaucoma, fatores estes chamados de fatores de risco, estão a hereditariedade e o aumento da pressão intraocular. O acompanhamento periódico com o oftalmologista é essencial, pois somente ele será capaz de diagnosticar e indicar o melhor tratamento para controlar o glaucoma, impedindo assim a sua evolução.

Confira abaixo a lista completa e tire as suas dúvidas:

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O paciente percebe os sintomas

Mito. Na maioria dos casos o glaucoma de ângulo aberto, a forma mais comum de glaucoma, desenvolve-se lentamente, no decorrer de anos, sem ocasionar nenhum sintoma.

Crianças podem ter glaucoma

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Verdade. As crianças podem ter o chamado glaucoma congênito ou glaucoma infantil ou de desenvolvimento. Ambos são raros e podem se instalar após o nascimento ou até mesmo intraútero. As manifestações clínicas aparecem geralmente no decorrer do primeiro ano de vida e se caracterizam pelo globo ocular aumentado, alterações na transparência da córnea, que fica branco-azulada, lacrimejamento e fotofobia. Não necessariamente estão presentes todos estes sinais

Antecedente familiar é um dos fatores para o desenvolvimento da doença

Verdade. Ninguém sabe ao certo o que causa o glaucoma, mas os maiores fatores de risco são: histórico familiar, pressão do olho elevada, idade avançada (pessoas com mais de 60 anos), alto grau de miopia, tratamento contínuo com esteroides e descendência africana.

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O glaucoma pode deixar a pessoa cega

Verdade. A doença provoca lesões no nervo óptico e, consequentemente, leva à perda gradativa da visão uma vez que o nervo óptico é o local do nosso olho responsável pela comunicação entre o olho e o cérebro. É a causa mais frequente de cegueira irreversível no mundo. Alguns estudos americanos mostram que mesmo tratados 15% do pacientes ficam cegos por fatores variados como o não tratamento adequado e a não utilização correta das instruções médicas pelo paciente. A lesão glaucomatosa do nervo ótico é irreversível. O tratamento visa evitar a progressão da doença

A cegueira causada pelo glaucoma é reversível

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Mito. A lesão glaucomatosa é irreversível.

É possível prevenir o glaucoma

Mito. Não há como prevenir o glaucoma, porém pode-se evitar a perda da visão com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Visitas de rotinas ao oftalmologista são as melhores formas de evitar que o glaucoma passe despercebido. Um exame completo inclui a medição da pressão intraocular e avaliação tanto do ângulo do olho (sistema de drenagem do olho) quanto do nervo óptico. Além disso, outros testes como o de campo visual, a utilização de aparelhos digitais de imagem para verificação da presença e extensão da lesão glaucomatosa podem ser necessários.

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O paciente, uma vez tratado, está curado da doença

Mito. O glaucoma não pode ser curado, mas sim controlado. A maneira mais simples é com o uso de colírios, que diminuem a pressão intraocular Outra forma é usar um laser específico ou então realizar uma cirurgia para escoar o líquido interno do olho ou diminuir a sua produção.

O colírio para baixar a pressão intraocular deve ser usado sempre

Verdade. Seguir os conselhos e instruções do oftalmologista e usar o colírio regularmente e corretamente conforme orientado pelo oftalmologista controlará a pressão ocular e estabilizará ou diminuirá a progressão do glaucoma.

Quando se opera o glaucoma o problema da pressão está resolvido

Mito. Na maioria das vezes ocorre o equilíbrio da pressão em um nível seguro, não precisando do uso de colírios. Mas, em alguns pacientes podem apresentar difícil controle mesmo após a cirurgia, necessitando manter os colírios ou até mesmo, um novo procedimento cirúrgico.

O risco de sofrer de glaucoma diminui com a idade

Mito. O risco de ter glaucoma aumenta com a idade, sendo mais comum após os 40 anos. Além disso, pessoas com casos de glaucoma na família têm risco maior de apresentar a doença. Portanto, os adultos com histórico familiar de glaucoma devem ser examinados anualmente pelo oftalmologista e referir ao mesmo a presença de antecedentes familiares da doença.

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