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Relacionamentos

Meu parceiro está em um aplicativo de paquera. E agora?

Dizem por aí que trair e coçar é só começar. E depois da invenção das redes sociais, dos aplicativos e dos sites de relacionamento, a traição pode estar na ponta dos dedos, literalmente. Mas, o que você faria se descobrisse que seu parceiro ou parceira mantém um perfil em um destes aplicativos? Será que apenas ter o perfil pode ser considerado traição?

Para Marinas Simas de Lima, psicóloga, terapeuta de casal e cofundadora do Instituto do Casal, descobrir que o  parceiro tem um perfil em sites e aplicativos de relacionamento não é o fim do mundo, mas pode ser um sinal de que a relação precisa de ajustes.  “Nesses casos é importante manter a calma. Claro que a descoberta pode gerar raiva, frustração e tristeza, mas isso não justifica atitudes extremas. O melhor é conversar e entender porque a outra pessoa fez isso e até onde chegou, ou seja, se ficou no virtual ou foi para o real”.

A psicóloga comenta que muitas pessoas usam aplicativos de paquera para melhorar a autoestima, por exemplo, sem a intenção de trair. “Conversar, sentir-se desejado e conhecer pessoas podem ser outros motivos, que não especificamente procurar um “crush” ou um caso extraconjugal”.

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Traição ou não?
Mas, participar de sites ou aplicativos de paquera é traição ou não? Para a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo, terapeuta de casal e cofundadora do Instituto do Casal, cada um tem seu próprio conceito de infidelidade. Para algumas pessoas, um olhar já pode significar uma traição e para outras é preciso ter contato íntimo ou envolvimento afetivo para considerar-se traído.

“Por isso, cada casal e cada membro do casal poderá fazer uma leitura diferente de participar de aplicativos ou sites de relacionamentos. Podemos dizer que a traição acontece quando um dos membros do casal quebra os acordos e os combinados daquela relação”.

Amor nos tempos da web
“Vivemos em um novo tempo. Depois da invenção das redes sociais e aplicativos de relacionamento, o amor nunca mais será o mesmo. Portanto, os casais precisam encontrar novas maneiras de lidar com essas novidades e definir os limites e combinados”, diz Marina.

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Para Denise, o problema não é a tecnologia, mas sim a maneira como as pessoas se comportam, seja no mundo virtual ou não. “Como sempre dizemos, a traição é e sempre será uma questão de escolha. Há outras maneiras de trabalhar a autoestima e se sentir desejado, sem precisar participar de sites de relacionamento”.

Dicas das Especialistas

  • Diga a verdade: O casal deve ser transparente quanto à participação nas redes sociais, seja ela qual for. Lembre-se de que mentira tem perna curta e curtíssima quando se trata do mundo digital.
  • Estabeleça regras: O casal precisa criar suas regras e conversar sobre a traição, assim como estabelecer os limites e entender o que é considerado infidelidade e o que não é.
  • Tenha mais empatia: O ideal é se colocar no lugar do outro. Isso quer dizer que antes de sair criando perfis em sites de relacionamento, pergunte se você gostaria de descobrir que seu (sua) parceiro (a) também tem um. Como você se sentiria?
  • As redes sociais não são o problema: Não importa qual é a rede social usada para procurar um crush ou um caso extraconjugal, o fato é que se o relacionamento não está bom, não adianta excluir o perfil, pois isso não vai resolver os conflitos. O que resolve é sentar e conversar abertamente sobre o que precisa ser melhorado para que ambos se sintam felizes e satisfeitos.

Menos tecnologia ajuda a aproximar o casal
Para finalizar, Marina e Denise afirmam que o uso excessivo da tecnologia leva ao afastamento do casal. “Há casais que saem para jantar e, em vez de conversarem, ficam no celular. Muitos conversam pelo whatsApp estando na mesma casa. Por isso, o ideal é reduzir ao máximo o uso da tecnologia nos momentos dedicados ao casal, como na hora das refeições, de noite e nos momentos de lazer, etc.”.

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“Precisamos nos lembrar que a satisfação conjugal está ligada à conexão, à intimidade e ao tempo dedicado ao relacionamento. Assim, o ideal é procurar se reconectar ao outro, sem a interferência da tecnologia”, concluem.

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