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Economia doméstica

Usar cartão de crédito requer consciência

Para muitos, o cenário econômico atual trouxe o hábito da economia e das compras reduzidas. Nesse contexto, os cartões de crédito se destacam pelos recursos oferecidos, mas demandam uma utilização consciente para evitar dívidas. Para casos de baixa complexidade financeira, a economista Claudia Lemos, diretora geral da Unicred Integração, indica que se tenha o menor número possível de cartões. A dica também vale para contas correntes, ferramentas que geram gastos. “Devido aos custos de nosso sistema financeiro, nessa área menos pode representar mais, principalmente no quesito economia”, afirma.

Claudia considera arriscado utilizar o cartão como montante extra, sendo necessário considerar que haverá uma despesa futura. “O dinheiro gasto no crédito é uma quantia comprometida”. Entretanto, com um limite baixo e o pagamento da fatura em dia o instrumento pode conduzir o usuário a uma disciplina. Para ela, os gastos com a fatura não devem superar 20% da renda mensal.

De acordo com a educação financeira dos dependentes, é possível compartilhar cartões com eles. “Com acompanhamento, a iniciativa consiste em uma forma de educar os filhos sobre o mundo financeiro, auxiliando no desenvolvimento de sua maturidade”, acredita.

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Ao comprar, racionalize e controle impulsos

A economista lista a emoção entre os principais motivos para o dispêndio. Embora considere o cartão de crédito positivo pela reversão dos gastos em milhas para viagens, ela não aconselha o modelo a todos. A quem não consegue evitar o impulso do gasto emotivo a recomendação é optar pelo dinheiro físico, modelo psicológico que ajuda a sentir as despesas.

Ainda na hora das compras, as promoções são excelentes indicações, e parcelar o que se adquire é indicado desde que não haja negociação à vista e que não se gaste o valor da compra em outro bem. Assim o dinheiro pode render em uma aplicação ou mesmo na poupança. Parcelamentos em cartões de lojas também têm taxas de juros. A diretora lembra que postergar gastos cria a ilusão de que hoje há recursos, mas eles constituem uma dívida futura. “O grande segredo é: se você não tem para adquirir, não compre”, aconselha.

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Claudia lembra que todos possuem restrições orçamentárias. Valorizar o que se tem evita a baixa estima, que pode colocar as pessoas em patamares de consumo elevado. “Buscar a satisfação pessoal é importante para estabelecer uma relação saudável com o dinheiro e com aquilo que ele proporciona”, completa.

Opções

Hoje é possível optar por cartões de crédito desvinculados de bancos físicos, que não geram anuidades ou tarifas. A economista explica que instituições financeiras virtuais representam custos menores de operação, e esse benefício deve ser percebido no serviço, pois não há estrutura física e atendimento presencial.

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