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Cultivo

Produtor rural de Sobradinho investe no cultivo de pitaya

Provar frutas exóticas é um costume do músico e produtor rural Alessandro Rosa e sua esposa. Seguidamente buscam opções para plantar na residência do casal, que fica em Linha Pinhal, interior de Sobradinho. A pitaya, fruto de espécie variada de cactos epífitos e nativa de regiões da América Central, tem caído na graça de muitas pessoas e foi uma das mais recentes escolhas para fazer parte da produção da família.

De acordo com Rosa, já são aproximadamente 400 metros quadrados do terreno destinados para o cultivo, cuja plantação teve início em novembro de 2019, com apenas vinte pés, de quatro qualidades. Hoje, cada um dos 350 mourões na propriedade recebe entre duas ou três plantas, de acordo com a variedade. “Já são 20 qualidades plantadas. Cruzam-se variedades diferentes e formam novas, híbridas”, contou o produtor, dizendo que pretende expandir a coleção, sobre a qual busca mais informações em grupos de “pitayeros” na internet.

Conhecida também como fruta-do-dragão, a pitaya atrai pela coloração diferenciada, que costuma ter a casca no tom rosa ou amarelo e a parte interna branca ou rosada, com várias sementes comestíveis. Segundo Alessandro, a temporada de floração vai de novembro a abril, pois a planta necessita de calor e umidade para se desenvolver, é um cacto de floresta tropical. “Neste ano já estou selecionando as melhores plantas, pois meu objetivo é a comercialização. Ainda não deu o esperado, devido a geada no inverno passado”. Segundo ele, o cuidado agora será redobrado, fazendo a cobertura das plantas com sombrite.

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A expectativa do produtor era de nesse ano colher entre 500 e mil frutos, mas com a forte geada não foi possível. A primeira floração ocorreu somente no fim de dezembro, quando contou dez flores. Foi preciso então fazer a polinização cruzada. Segundo Rosa, do botão à fruta madura, o processo leva em torno de dois meses. “Com o tempo minha ideia é expandir, pois não é preciso muito espaço para o plantio. Vou selecionar as melhores variedades, com o fruto maior e mais saboroso, para ter melhor aceitação no mercado”, revelou.

Conforme Rosa, a pitaya tem seu tempo certo para colheita. “Elas não amadurecem todas juntas. Tem uma característica de demonstrar quando está pronta. Se não colher na época certa, ela não vai ficar doce”, salientou, acrescentando que os botões e flores vão surgindo em diferentes períodos ao longo destes meses.

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Cada variedade, entre comuns e outras mais exóticas, possui sua peculiaridade no sabor. “Algumas são mais picantes, outras mais doces, até parecendo mel, e tem as que se assemelham com o kiwi. Em minha propriedade tenho os frutos de cor interna branca, rosada, vermelha e roxa. Por fora costumam ser amarelas e rosa”, destacou.

Da variedade branca comum, os frutos que nasceram este ano chegaram a pesar entre 350 e 750 gramas cada, o que, segundo o produtor, é considerado um bom tamanho para comercialização. “Não vão agrotóxicos, são 100% orgânicos, por isso tem mais valor”, reforçou.

No Estado
Segundo a Emater/RS-Ascar, em 2019 haviam 188 produtores de pitaya no Estado, totalizando aproximadamente 110 hectares plantados. Na regional de Soledade, a qual abrange o Centro-Serra, eram em torno de 18 hectares e 28 produtores. A estimativa atual é de que houve um acréscimo de 20% em área plantada e também no número de produtores do cultivo.

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Benefícios para a saúde

Para a nutricionista Janine Pasa Trevisan, os benefícios da pitaya são amplos: “Ela é uma boa fonte de fibras, nitrogênio, potássio, cálcio, ferro e manganês. Nutrientes importantes para ossos, dentes e músculos”. Composta também pela vitamina C e zinco, torna-se uma aliada ao sistema imunológico.

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Além de ser rica em flavonoides, que são antioxidantes, ajudando a reduzir danos dos radicais livres em nossas células. “Por ter alto teor de água, a pitaya também é benéfica no controle da pressão arterial e na saciedade, em dietas de emagrecimento, contribuindo também com a saúde cardiovascular”, ressaltou.

Segundo a nutricionista, as principais formas de consumir a pitaya são: in natura, em salada de frutas, congelada como picolé natural, em sorvetes, sucos, geleias (sem adição de água e açúcar) e ainda como acompanhamento de saladas.

Foto: Arquivo Pessoal

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