Assim que o temporal da tarde do último domingo, 1º, deu trégua, muitas pessoas saíram às ruas para verificar os estragos causados pela tempestade. Praticamente toda a região Centro Serra sofreu sérios prejuízos, com destelhamentos de residências, quedas de árvores e de postes de energia elétrica. Em Sobradinho, as fortes rajadas de vento atingiram tanto a cidade quanto o interior. Nenhum local escapou ileso.
Equipes da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Assistência Social se mobilizaram no auxílio às famílias prejudicadas. Mas foi apenas na segunda-feira, 2, com o tempo firme, que se teve uma maior noção do tamanho dos estragos. “Foi um pânico. Não tinhamos contato por telefone, então fomos imediatamente verificar in loco. Isso requer equipes bem preparadas”, explicou o coordenador da Defesa Civil, José Carlos Spanevello.
Assim como muitas pessoas que aproveitaram o final de semana para viajar, Spanevello não estava em Sobradinho no momento do temporal. E, ao chegar no município, se deparou com uma situação caótica. “Num primeiro momento, priorizamos o atendimento aos locais mais atingidos, que foram o Bairro União e a localidade de Linha Quinca. Compramos muitas lonas e brasilits, tanto que o estoque do município acabou”, salienta.
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Spanevello também explica que, diferente de outros anos, o município não deve decretar emergência. “Não é bem assim para que um município consiga obter recursos. Para isso, teríamos que ter um prejuízo de 7 a 8% do nosso PIB, o que aconteceria se a nossa produção agrícola fosse afetada pelo temporal”, justificou, afirmando que nestas condições, o pedido não seria homologado pelo Estado.
“É algo que ninguém espera. Não sabemos como lidar”
Assim como Spanevello, a secretária de Assistência Social, Saionara Soder estava retornando de viagem no momento em que o temporal causava prejuízos na região. E, logo, saiu para os bairros. “Nossa prioridade agora são os bairros mais atingidos. Temos que reconstruir as casas antes que venha mais chuva”, ressalta. Ela cita o Bairro Medianeira como um dos mais afetados, com 11 casas destelhadas.
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Saionara reforçou que as pessoas que necessitam de auxílio procurem imediatamente a Secretaria de Assistência Social, no Centro Administrativo, que prestarão o auxílio necessário. Ela ainda comentou sobre as desafios que a própria Prefeitura encontrou para se comunicar. “É uma situação complicada, pois é algo que ninguém espera. Não sabemos como lidar. É difícil até conseguir organizar equipes”.