Um país continental como o Brasil felizmente pode contar com tantas referências e ritmos que nos permitem todos os anos conhecer novos artistas, com sonoridades regionais e inéditas. E isso é uma bênção. Na nossa lista com os melhores discos nacionais do ano, levamos em conta essa mistura de “brasis”, com artistas que não apenas são artífices de seu ramo, mas exploram os recantos musicais brasileiros com qualidade. Vamos além do que toca no rádio e está nas paradas, mas abraçamos também o que é popular numa mistura com rap, funk, folk, samba, rock, latinidade e, principalmente, MPB.
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Confira:
1. Emicida, AmarElo
Um disco cheio de colaborações e que representa muito bem aonde o rap brasileiro chegou. Com muito otimismo, o artista fala de amizades, herança africana e saúde mental.
Ouça: AmarElo, faixatítulo com sample de Sujeito de Sorte, do Belchior.
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2. O Terno, Atrás/Além
Uma das melhores bandas brasileiras da atualidade reflete neste disco de 12 canções sobre a angústia da transição de ser jovem, mas já se sentir irremediavelmente velho.
Ouça: Tudo o Que eu Não Fiz, canção de sonoridade retrô com uma letra emocionante.
3. Elza Soares, Planeta Fome
Apenas um ano depois de Deus é Mulher, Elza Soares nos brinda com uma carta de amor ao Brasil, que questiona a falta de igualdade e justiça, mas sem perder a esperança.
Ouça: Comportamento Geral, uma pegada de reggae para o samba de Gonzaguinha.
4. MC Tha, Rito de Passá
Disco de estreia com dez faixas que une funk, batidas eletrônicas e MPB na voz suave da cantora paulista, que brinca com os ritmos brasileiros em letras cheias de simbolismo.
Ouça: Coração Vagabundo, música cheia de camadas que lembra um carnaval de rua
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5. BaianaSystem, O Futuro Não Demora
Disco vencedor do Grammy Latino, traz a guitarra e o berimbau e marca os dez anos da banda, usando ritmos brasileiros e latinos. As 13 músicas reúnem muitas participações.
Ouça: Sulamericano, hino latino em colaboração com o músico Manu Chao.
6. Djonga, Ladrão
O terceiro disco do mineiro mostra que o ano foi muito bom para o rap. Em dez músicas, o álbum revela uma faceta mais pessoal da carreira do rapper e muitas referências.
Ouça: Leal, uma canção de amor com melodia calma e poesia em forma de hit.
7. Boogarins, Sombrou Dúvida
Em dez faixas, a banda mostra o rock psicodélico que resiste, com vozes sobrepostas e trechos instrumentais, além de letras que passam longe do tédio e das fórmulas prontas.
Ouça: Tardança, que tem destaque para as guitarras com efeitos intrincados.
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8. Francisco, el Hombre, Rasgacabeza
A banda mexicana mais brasileira de todas abraçou seu lado punk e não poupou críticas, incitando movimento e explorando uma faceta musical mais ampla, do latino ao MPB.
Ouça: O Tempo é Sua Morada, momento de paz e reflexão do disco num momento doce.
9. Liniker e os Caramelows, Goela Abaixo
Falando de afeto e resistência, o disco é um carinho para os corações machucados. Em 13 canções cheias de melancolia, e mais maduras, há referências de jazz, soul e blues.
Ouça: Calmô, música cheia de suavidade pra falar das necessárias fugas da correria.
10. Tiago Iorc, Reconstrução
Após um período de hiato, o cantor voltou de surpresa com um disco visual pronto, um recorte da contemporaneidade e novamente versando com a vida virtual em 13 clipes.
Ouça: Tangerina, canção de amor e desalento com um arranjo mais denso e pop.
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Menções honrosas:
Limitar as escolhas a apenas dez discos é tarefa ingrata. Conheça também alguns que ficaram de fora da lista, mas vale a pena ouvir:
● Jards Macalé, Besta Fera
● Selvagens à Procura de Lei, Paraíso Portátil
● Céu, APKÁ!
● Teago Oliveira, Boa Sorte
● Fresno, Sua Alegria foi Cancelada
● Chico César, O Amor é um Ato Revolucionário
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