ATUALIZADA ÀS 18h30
Encerrou por volta das 16h30 desta terça-feira, 29, a audiência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), ocorrida no Fórum da Comarca de Sobradinho, no Centro da cidade. Ao todo, 24 das 32 testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas pela Justiça Eleitoral e responderam os questionamentos de advogados das duas partes e também da promotora Maria Fernanda Cassol Moreira.
A ação, movida pelos candidatos da coligação Sobradinho para Todos (PP-PSB-PSDB), Miguel Vieira e Alencar Furlan contra Maninho Trevisan e Armando Mayerhofer, vencedores da eleição de 2 de outubro pela coligação União e Trabalho (PMDB-PDT-PTB-PT), baseou-se em cinco fatos denunciantes. Através destes fatos, os advogados de acusação alegam abuso de poder econômico e político por parte do prefeito.
Publicidade
Durante a audiência, foram solicitados pedidos de diligência para que sejam coletadas provas complementares. De acordo com Maria Fernanda, alguns documentos também terão que passar por perícia. Por conta desses fatores, ela descarta que a sentença da ação saia antes da diplomação dos candidatos eleitos, prevista para o dia 16 de dezembro, às 14 horas, no Ginásio da Fejão.
Maria Fernanda ainda ressalta que, em caso de condenação, será necessária uma nova eleição para definir o prefeito do município. Já a juíza Luciane Inês Morsch Glesse, da 53ª Zona Eleitoral, destacou a tranquilidade com que ocorreu a audiência, sem nenhum tipo de transtorno por parte de testemunhas, advogados e do público presente. O policiamento em frente ao Fórum foi reforçado pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar e houve, em alguns momentos da tarde, aglomeração de pessoas próximo ao local, mas sem manifestações partidárias.
ENTENDA
Publicidade
A ação movida por Miguel Vieira e Alencar Furlan baseia-se em cinco fatos denunciantes: o aumento de investimentos no Programa Municipal de Habitação Popular (PMHP) em ano eleitoral; o aumento na distribuição de combustível neste período; obras públicas sendo feitas sem o devido processo legal, sem licitações; contratação excessiva de horas de escavadeira hidráulica; e distribuição de brita em grande quantidade nos últimos meses em relação ao ano passado.
Através dos questionamentos às testemunhas, os advogados de acusação, Gabriela Moraes, Gézica Sachett e Gezreel Sachett, buscavam comprovar que Maninho Trevisan ofereceu esses serviços da Prefeitura em troca de votos para o pleito de outubro, durante o período eleitoral. Já a advogada de defesa, Ângela Wietzke, tentou mostrar que as tarefas foram executadas sem fins eleitorais.
Publicidade