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Sobradinho

Obras paradas gerarão mais de R$ 300 mil em gastos extras

Foto: Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Sobradinho



As casas populares do Bairro Pinhal, os pórticos nas entradas da cidade e o Ginásio Castelão estão dando grandes dores de cabeça à administração de Sobradinho. Isso porque, além do inconveniente de não terem sido finalizadas, essas obras irão “surrupiar” mais de R$ 300 mil do orçamento, já diminuto, do Executivo em 2014. O levantamento realizado pelos Departamentos Jurídico e Engenharia/Arquitetura, juntamente com as Secretarias de Administração, Finanças e Planejamento, aponta problemas nas três construções que, além de terem sido amplificados com a ação do tempo, serão praticamente impossíveis de serem resolvidos a contento da população.
As obras que permanecem paradas: os pórticos nas entradas da cidade, o Ginásio Humberto de Alencar Castelo Branco (Castelão), e as casas populares no Bairro Pinhal têm, cada uma, falhas estruturais e físicas. A reforma completa do Centro Administrativo está licitada (2º lugar assumirá em virtude da desistência do 1º) e estão destinados mais de R$ 400 mil para tal fim. A prefeitura está adotando todos os procedimentos cabíveis para tentar reverter a situação e os recursos que já estão em conta não serem bloqueados, jogando fatalmente o nome da cidade no Cadim, impossibilitando o recebimento de outros recursos captados.

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Casas Populares

Um dos casos mais críticos, que expõe os moradores ao extremo da precariedade, são as residências populares no Bairro Pinhal. No projeto estavam previstas as construções de 15 lotes, sendo que foram feitos 14. Muito embora as pessoas já estejam morando, autorizadas ou não, nas casas, elas apresentam problemas em comum, tais como: falta de acabamento e ausência de pintura (paredes dos banheiros), instalações elétricas inadequadas, falta de acessibilidade, instalações sanitárias inexistentes ou inadequadas, problemas em forros, telhados, portas, entre muitos outros. A Secretaria de Habitação e Saneamento do Estado deu um ultimato à administração para que dê uma resolução ao projeto em 10 dias; Serão necessários mais R$ 39.161,75 para tornar as moradias, pelo menos, habitáveis. Trata-se de uma pendência urgente e obrigatória à cidade. É claro que esse valor deve ser maior, uma vez que se trata de um levantamento do Departamento de Engenharia. A licitação está em andamento.

Pórticos

A situação dos pórticos nas entradas da cidade é um tanto inusitada, uma vez que em duas dessas construções há redes principais de energia elétrica que abastecem Sobradinho e região. Ou seja, essas construções jamais deveriam ter sido erguidas naqueles lugares, mas em 2012 o ex-prefeito Julio Miguel Nunes Vieira forneceu uma declaração à fiscalização, que havia apontado o erro, justificando que os Pórticos, tanto no Trevo da Baixada quanto da saída para Ibarama, não danificariam nenhuma rede elétrica. Em 11 de novembro de 2013, o valor do que restava a fazer era de R$ 71,521,24. Atualmente, esse montante passou para aproximadamente R$ 122 mil, fora o muro de contenção que terá de ser construído no Trevo da Baixada, em virtude da proximidade com o Arroio Carijinho e o novo projeto elétrico. O segundo colocado venceu a licitação, que está parada até que o impasse não seja resolvido.

O berço da Associação

O Ginásio Humberto de Alencar Castelo Branco (Castelão), casa da Associação Esportiva Sobradinho e o berço de atletas de peso da região, é a obra parada mais antiga a ser finalizada. E, também, é aí que se encontram os maiores problemas estruturais. Não há acessibilidade, os itens do Plano de Prevenção a Incêndios não foram respeitados; o piso está totalmente irregular; o telhado com enormes fissuras; os sanitários, tanto para cadeirantes quanto para o público em geral, estão inacabados, entre muitos outros absurdos fazem qualquer um que tenha lembranças naquele ginásio chorar.
Conforme o engenheiro Dieisson Colombelli Bridi e a arquiteta e urbanista Carolina Pohlmann Moraes, a primeira empresa contratada, por licitação, desistiu em 2009. Em 24 de fevereiro de 2012, a segunda empresa assumiu a responsabilidade, mas deixou lapsos na construção. Na época, o valor era de R$ 64.604,71 mil para término da reforma. Hoje, esse valor ultrapassa os R$ 98.627,84, segundo levantamento. O recurso, é claro, deverá ser maior, dependendo do tipo de material usado e das necessidades do Ginásio.
O problema maior é que, mesmo realizando todas as adequações, a estrutura física não permite jogos oficiais no local. A ideia da Administração é, tão logo seja possível, realizar uma avaliação do custo/benefício à construção de um novo ginásio, mais moderno e adequado à prática esportiva em geral, o que iria custar mais de R$ 800 mil. Somente assim, tanto os desportistas de Sobradinho e os torcedores da Associação poderiam voltar para casa. A obra ainda não foi licitada.

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