Depois de meses progredindo em um ritmo abaixo do considerado ideal pelos especialistas, a vacinação contra a Covid-19 deve começar a acelerar no Rio Grande do Sul nas próximas semanas. As duas últimas remessas recebidas pelo Estado somam mais de 800 mil doses das vacinas Oxford/AstraZeneca e Pfizer, que serão suficientes para imunizar mais de 600 mil pessoas com comorbidades, conforme a estimativa da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Também foram recebidas novas doses da CoronaVac, que serão destinadas exclusivamente às segundas doses.

As doses de Astrazeneca serão usadas para ampliar a imunização de pessoas com comorbidades. As de Coronavac serão utilizadas na totalidade para a segunda aplicação (D2) de quem já recebeu a primeira há 28 dias ou mais. Elas serão distribuídas às 18 Coordenadorias Regionais de Saúde e a municípios próximos da Capital durante esta terça-feira. As doses do laboratório Pfizer, que chegaram na noite de ontem, serão destinadas a Porto Alegre. O Estado já recebeu o suficiente para vacinar com a primeira aplicação (D1) 661.659 pessoas com comorbidades.

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As 458.614 doses da AstraZeneca serão aplicadas como primeira dose do grupo das comorbidades, iniciando-se a fase 2: gestantes e puérperas maiores de 18 anos, independentemente de condições pré-existentes; pessoas com comorbidades de 40 a 53 anos; e pessoas de 40 a 54 anos com deficiência permanente cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Desse total, 413.750 doses chegaram na manhã dessa segundafeira e o restante são remanescentes da carga recebida na última semana.

Avaliação
Em função das questões burocráticas a serem observadas antes da aplicação da vacina em pessoas com comorbidades, a Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul (Sesa) acreditava que poderia haver demora e filas nas unidades. No entanto, segundo o coordenador do Programa Municipal de Imunizações, Róger Rodrigues Peres, houve movimentação maior em alguns locais, mas de forma geral tudo transcorreu normalmente.

Nas redes sociais do Portal Gaz, alguns leitores relataram que pessoas com hipertensão arterial não foram vacinadas, ainda que façam parte do grupo prioritário. Conforme o critério adotado pela Sesa, as aplicações estão ocorrendo primeiro nos portadores de hipertensão arterial resistente, que usam três ou mais medicamentos e mesmo assim têm dificuldades para controlar a doença. Na sequência, os demais poderão receber a imunização.

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Avanço varia entre os municípios
Vale ressaltar que o avanço da vacinação depende do planejamento de cada município, portanto, o tempo e os formatos podem variar entre eles. Iniciada ontem na região, a fase 1 contempla pessoas de 55 a 59 anos com comorbidades; gestantes e puérperas maiores de 18 anos e com comorbidades; pessoas maiores de 18 anos com síndrome de Down; e pessoas com deficiência permanente cadastradas no Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.

Com a chegada desse novo lote, há doses suficientes para garantir a fase 2, que inclui gestantes e puérperas maiores de 18 anos independente de comorbidades; pessoas de 40 a 53 anos com comorbidades; e pessoas de 40 a 54 anos cadastradas no BPC. O início dessa nova fase, contudo, depende de cada município e não é possível fazer previsões de quando deve começar. Em Santa Cruz do Sul, por questões de organização, o critério adotado foi a idade. Nesta terçafeira serão vacinadas pessoas de 58 anos com comorbidades; amanhã, 57 anos e comorbidades; quinta-feira, 56 anos e comorbidades; e sexta-feira, 55 anos e comorbidades, além dos demais grupos da fase 1.

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