Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

CONVERSA SENTADA

Algo vai mal e tem que mudar

Esses dias eu estava brincando com o Maurício Goulart, da Gazeta. Logo que chegou a notícia de que apearam o sr. Witzel da poltrona governamental, mandei uma mensagem assim: “eu não disse?”. Ele retrucou bem-humorado: “tens pendores proféticos”.

Na verdade não há necessidade de pedir aos céus esses dons. Em primeiro lugar, caro leitor, vamos conceder ao governador afastado o benefício da dúvida, corolário da presunção de inocência. Só que quase se repete a vexatória situação daquele namorado infiel que, flagrado aos beijos com outra que não sua namorada, exclama: “calma, amor, não é nada que você está pensando”.

Todavia, se realmente “aí tem jacutinga”, é um prejuízo grande para o renome dos magistrados concursados. Além do que está cabendo aqui a frase “cherchez la femme” (procurem a mulher) escrita por Alexandre Dumas (Les Mohicans). Procurem a mulher, repetem quase sempre os investigadores.

Publicidade

Já nosso falante presidente, que expressou sua vontade de encher um jornalista de socos, me deixou preocupado.

Imagina um homem que parece ter tido uma deiscência de sutura no ventre, já com mais de 60 anos de idade, com notícia de cálculo na bexiga, entrar num pugilato.

Sem embargo disso há essa situação incômoda de um filho, assunto ainda não bem esclarecido, mas problemático.

Publicidade

Segue o calvário do ex-juiz e exministro Sérgio Moro. Conforme era fácil de intuir, saindo dos holofotes, as pesquisas para futuros voos políticos mostraram uma queda livre.

Chegamos agora à incômoda situação do chamado Excelso Pretório, como era antigamente referido o STF.

Em décadas passadas o STF era composto por excelentes juristas, muitos dos quais autores de obras até hoje clássicas. O comportamento pessoal era de uma correção que merecia o respeito de todos. Quando um discordava do voto do colega, o fazia com todas as vênias e elegâncias.

Publicidade

Recentemente, as sessões do STF passaram a ser televisionadas. Até aí tudo bem, pois se estaria assistindo a verdadeiras aulas da ciência jurídica. Ocorre que surgiram, por nomeação, integrantes praticamente desconhecidos no mundo acadêmico, quando os requisitos eram o notório saber jurídico e a ilibada conduta. O que, no entanto, passou a ocorrer era algo inimaginável: troca de ofensas, insinuações perigosas e outras situações vexatórias.

Algo terá que mudar oportunamente. A começar pelo próprio modo de ser alguém conduzido ao STF. A indicação não pode ficar ao alvedrio solitário do presidente. Só a sabatina pelo Congresso não resolve.

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.