Estou encantada com o mundo do futuro. Desde sempre gostei de olhar para a frente. A quarta revolução industrial começou e a era da robotização já é uma realidade. Na Alemanha, a Adidas já experimenta uma fábrica 100% robotizada, com apenas dez profissionais altamente qualificados (leia-se: aptos para lidar com o mundo novo). Segundo o BI Inteligence, o número de robôs triplicará entre 2015 e 2021. Um dos benefícios para as empresas é não ter mais que arcar com salários altos. Já sabemos que robôs executam tarefas que humanos fazem com um nível de superioridade incontestável. Além disso, os benefícios energéticos, ambientais e urbanos para o mundo são enormes.

E o desemprego? É uma das maiores preocupações. Na minha modesta opinião, o desemprego do Brasil se soma a uma nova realidade mundial: muitos profissionais não servem mais para o mercado de trabalho. Os descartados não serão recolocados na mesma proporção, este já é um fato. A sociedade precisa tomar consciência disso e começar a discutir o assunto. Educação é o foco principal, mas não com aulas técnicas e sim com desenvolvimento intelectual, espiritual e comportamental. O comportamento é a chave do sucesso hoje. Precisamos de seres humanos que se comportem de outra forma, que aprendam a lidar positivamente com cenários incertos, que usem sua criatividade, que se esforcem para valer bons contratos. Basta de peso morto, que por causa de direitos e leis trabalhistas insustentáveis tornam-se um fardo para as empresas.

Empreendedores têm vantagens neste momento porque possuem habilidades para o caminho incomum. Conhecimento e experiência não bastarão, nem para manter o emprego, nem para recolocar-se. Nos EUA, há uma universidade preparando líderes e profissionais que saberão como conduzir este mundo futurista. Nosso chip antigo não tem este alcance.

Trazendo tudo isto para nosso mundo real, é prudente fazer um alerta: para ter continuidade após 2020, comece a movimentar-se agora. Não se iluda de que você está com a vida garantida, que seus filhos têm futuro desenhado e que as empresas continuarão prosperando no modelo que foi até agora.

O futuro é encantador. Quanto mais teimamos em resistir e criticar o novo, mais atrasados ficamos.  Muitas profissões desaparecerão e milhares de outras surgirão. Não cometa o erro de dizer que os jovens não sabem o que querem, não têm valores, que no seu tempo isso ou aquilo, que a tecnologia tornou pior o mundo. Sabemos que isso não é verdade. Atualize seu discurso, olhe para frente, caia na real: você será descartado se não acompanhar aquilo que chamamos da mais profunda transformação humana de todos os tempos.

Já há milhares de maneiras de lidar com tanta novidade, coaching é uma delas. Falamos o idioma do mundo novo. É preciso investir tempo, energia e recurso financeiro. Não há colheita sem plantação.