Sem papel
Os vereadores que integram as cinco maiores bancadas da Câmara sentaram à mesa na manhã de terça-feira para selar o acordo do rodízio na presidência – o único que não participou foi Carlão Smidt (PSDB), que ainda estava na função de prefeito. Quando todos os pontos foram alinhados, alguém perguntou se seria o caso de formalizar o acordo por escrito. A maioria, porém, entendeu desnecessário. Como tudo foi divulgado à imprensa – inclusive a foto deles juntos –, não havia por que gastar papel.
Liberado
A reunião também teve um momento de descontração: Henrique Hermany (PP), que será líder do governo Helena na Câmara e foi o articulador do rodízio, ressaltou que o pacto não significa que os partidos estão comprometidos com a gestão. Em tom de brincadeira, dirigiu-se ao PTB, arquirrival histórico, e afirmou que os vereadores estão “liberados” para abrir as baterias contra o Palacinho na tribuna.
De fora
Embora o acordo tenha envolvido apenas as maiores bancadas, DEM, MDB, PDT e Novo se alinharam na eleição de sexta-feira. O único partido que se absteve foi o PT. Minutos antes da votação, a coluna perguntou ao vereador Alberto Heck se iria apoiar o rodízio e ele alegou não ter sido procurado para conversar. “Eu disse que apoiaria, mas depois fui solenemente ignorado”, disse. A falta do voto de Heck impediu que, pela primeira vez em décadas, um presidente fosse eleito por unanimidade entre os vereadores.
Publicidade
Fica a dica
A escolha do coronel Everton Oltramari para a Secretaria de Segurança de Santa Cruz passou pelo jornalista Cléber Benvegnú, ex-chefe da Casa Civil no governo Sartori. Logo após o primeiro turno, Benvegnú avisou pessoas ligadas a Helena Hermany que Oltramari estava de mudança para Santa Cruz – sua esposa é santacruzense – e seria um bom nome para ser incorporado à futura gestão. A aproximação começou em seguida.
Quase escapou
Influente no MDB gaúcho, Oltramari participou da transição de governo em Porto Alegre e era cotado para integrar a gestão de Sebastião Melo.
O pepino
Integrantes da equipe de Helena Hermany estão convencidos de que o imbróglio da tarifa de transporte urbano será o maior desafio da fase inicial da gestão. O tema é complexo: de um lado, o entendimento de que a tarifa não pode continuar subindo; de outro, o risco de um colapso devido à queda no volume de passageiros.
Publicidade
De pai para filho
Figuras emblemáticas da política santa-cruzense, Nilton Garibaldi, Sérgio Moraes e Edmar Hermany participaram da solenidade de posse dos eleitos na Câmara na sexta-feira. Os três têm muito em comum: foram vereadores, carregam diversos mandatos no currículo e estavam ali para assistir aos filhos tomarem posse.
LEIA MAIS COLUNAS DE PEDRO GARCIA
Publicidade