Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Contra ponto

Palanque eleitoral

É complexo pressupor o que os candidatos a presidente dirão durante o período eleitoral face às inúmeras hipóteses que a atual situação nacional admite e sugere. Não bastassem as dificuldades correntes, há um esgotamento emocional generalizado. Ninguém aguenta mais ouvir acusações e provocações. Afinal, os escândalos de corrupção e a desarrumação da economia igualaram todos os governos e partidos tocante seus defeitos.

Não à toa que o Brasil está em crise, perdendo tempo e oportunidades. Razão pela qual os principais candidatos certamente apresentarão pautas positivas. E evitarão provocações e discursos estéreis. Provavelmente, alguns temas deverão monopolizar os debates, quais sejam:

– Situação da economia e a necessidade de geração de empregos: face o expressivo deficit das contas públicas (não há dinheiro, nem condições de aumentar impostos), a superação da recessão econômica dependerá essencialmente da criação de um ambiente mais liberal e competitivo. Significa dizer que o assunto privatizações e parcerias público-privadas será frequente.

Publicidade

– Segurança pública: o assassinato de mais de 63 mil brasileiros em 2017 (independente de circunstâncias e motivações) confirma a questão como “epidêmica”. Pior: sem soluções de curto prazo.

Segurança é um desafio complexo e exige a conjugação de ações políticas duradouras. Na oferta de educação, de saúde pública, de ocupação dos jovens, uma política e prática policial mais agressiva no combate ao contrabando e comércio de drogas e armas. Vigilância militar de fronteiras nacionais. E, lógico, um Judiciário mais rigoroso!

– Tributos e desburocratização: desburocratização do Estado e reorganização/simplificação da estrutura tributária também serão temas importantes, combinados com facilitação e estímulos fiscais para novos negócios.

Publicidade

– Impeachment de Dilma e o caso Lula: a “narrativa do golpe” e a “teoria da conspiração universal” são assuntos que só interessam ao PT e seus aliados (PCdoB e PSOL). Mantido esse discurso, possivelmente ficarão “falando com as paredes”.  

– Corrupção: a legislação e as ações policiais-judiciais (como a Operação Lava Jato) serão apoiadas por todos os candidatos. Entretanto, será assunto preferencialmente evitado, haja vista que a maioria dos partidos “tem o rabo preso”.
Ressalva: dependendo de quais candidatos crescerem nas pesquisas – e com real chance de ir (e vencer) ao segundo turno – o tema corrupção (ver Petrobras, Pasadena, BNDES, escândalos sucessivos, prisões de líderes partidários, etc.) virá com força.

Mas como atos de corrupção são e foram comuns também em outros governos e partidos, haverá contra-ataques. E nesse caso poderá virar guerra de bugios!

Publicidade

 

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.