Com certeza, todo usuário de aparelho celular conhece suas opções de configuração. Dentre as várias alternativas, duas se destacam: o modo silencioso e o modo avião.
Obviamente, o modo silencioso é a opção pela ausência de som. Mas o aparelho continua atuante e recebendo todas as mensagens.
Já no modo avião, a situação é diferente. Basicamente, são suspensos os recebimentos e a troca de sinais externos. Mas permanece capaz de operar as demais funções internamente, como leitura de e-mails recebidos, câmera fotográfica, agenda, calendário e tocador de músicas.
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Para alegria dos viciados em seus aparelhinhos mágicos, já há várias companhias aéreas que dispõem de sinal de Wi-Fi (rede sem fios para conexão à internet), capaz de proporcionar alguns acessos (sem troca de mensagens) durante o voo.
Tudo isso começou por causa das possibilidades de interferência dos sinais eletromagnéticos nos mecanismos computadorizados dos aviões. “Desliguem seus celulares”, dizem, então, preventivamente.
Resumindo: desligue sempre seu celular ao embarcar no avião e aguarde sua decolagem (e aterrissagem) definitiva para religar. Mas o modo avião também cumpre outra importante função: poupa expressivamente a bateria.
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Por que toco neste assunto técnico do qual quase nada entendo? Porque não há como não fazer uma associação destes procedimentos – modo silencioso e avião – com a dramática situação político-jurídica-policial nacional.
Explico: tornou-se insuportável permanecer “ligado” e atento ao noticiário diário tamanho o rotineiro desfilar dos criminosos engravatados, com sua típica retórica diversionista, explicações e desculpas esfarrapadas.
E não menos cansativo e insuportável também é reconhecer e ouvir o inacreditável séquito de “viúvas ideológicas”, mobilizado a pretexto de inocentar seus líderes messiânicos, como se tivéssemos chegado ao atual e caótico estágio por acaso.
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Então, cansado e enjoado, confesso que muitas vezes durante o dia tenho me colocado em modo silencioso e em modo avião. Se não em desligamento e silêncio total, ao menos, então, poupando “a bateria”!