O condicionamento operante é um método de aprendizagem que faz uso da associação de reforços e punições com um determinado comportamento ou padrão de comportamento. O psicólogo comportamental Burrhus Skinner desenvolveu uma caixa com uma série de variáveis para estudar o comportamento de roedores num método de aprendizagem para aumentar ou diminuir a probabilidade de que um comportamento volte a ocorrer no futuro.
O condicionamento operante é baseado em uma premissa simples: as ações seguidas pelo reforço positivo ou prazer tenderão a se repetir. Por outro lado, as ações que resultarem em punições ou consequências indesejáveis enfraquecerão e serão menos prováveis de ocorrer novamente no futuro.
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Impossível não associar a condução da pandemia pelos governantes do Sul como um grande experimento social onde nós somos os ratinhos brancos dentro de uma gigantesca Caixa de Skinner.
A todo momento somos conduzidos por decretos e determinações que modificam totalmente nossa realidade e perspectivas futuras.
Bandeiras, zoneamentos, pesquisas, testagens, comitês, gabinetes e tantas outras ferramentas para justificar as constantes interferências na vida do indivíduo. Fica a impressão de que os governantes estão perdidos, criando ciências esotéricas que a realidade não corrobora. Talvez assim eles acreditem (ou façam a gente acreditar) que não estão acabando com o bolso e a saúde mental das pessoas por nada.
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O principal reforço utilizado neste experimento é o terror, bombardeado constantemente non-stop pelas mídias. Sempre estamos a duas semanas da tragédia. Têm sido assim há mais de 3 meses. Sempre estamos para entrar em colapso. Assim, lá se vão os ratinhos fechar comércio, escolas, paralisar a economia, estabelecer isolamento com medo do vírus mortal. Cura não existe. Só mortes.
Se um ratinho fugir do efeito manada, é punido e ofendido, taxado de ignorante e genocida. Mas muitos ratinhos estão com fome, sem ter alimentos para seus filhotes ou até enlouquecendo, ansiando por convívio social e liberdade. Então, para esses, seguir os outros ratinhos não é um opção. Precisam enfrentar as ameaças e punições.
Ao contrário de Skinner, os “cientistas” desse experimento parecem não saber onde isso tudo vai dar. Vão no achismo, bagunçando a vida e o futuro de todos. Agora que estamos no inverno, talvez, as previsões negativas aconteçam. Até porque no Rio Grande do Sul inverno é sinônimo de doenças respiratórias e UTI’s lotadas. Sempre foi. Espero que depois de sofrer tanto, gastando toda a paciência e economias que tínhamos de forma precoce e desmedida, a natureza mantenha seu curso e, como toda virose, acabe com a maciça maioria dos ratinhos vivos e livres.
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