O livro Cadastros dos Prazos Coloniais, escrito por volta de 1855 por Johann Martin Buff, diretor da Colônia de Santa Cruz, traz informações sobre os primeiros moradores do Bairro Arroio Grande. O tema foi abordado na Gazeta do Sul pelo saudoso professor Hardi Martin.
Até 2011, não havia a atual divisão dos bairros e o Arroio Grande começava logo após o viaduto do 7º BIB, estendendo-se até o Arroio do Almoço (antiga divisa com Rio Pardo). A área foi concedida pelo governo da Província a Antônio Martins da Silveira Lemos e Bernardo José Machado em 1840. Antes, portanto, da fundação da Colônia de Santa Cruz (em 19 de dezembro de 1849).
Em setembro de 1855, Bernardo iniciou a venda de chácaras. Os primeiros adquirintes foram evangélicos. Andreas Berlt comprou o lote um. Natural de Utzberg, foi casado com Catharina Lusche. No mesmo mês, João Christóvão Moring (natural de Utzberg) adquiriu o lote três. Ele foi ocupado pelo imigrante evangélico Heinrich Filter (natural de Hamburgo) e sua esposa Maria Moring.
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Pouco mais tarde, vieram para o lote dois os evangélicos Henrique Jacobo Welsch e Adão Schirmer (prussiano), que eram sócios. Os dois compraram a área de Andreas Berlt. Por esta mesma época, a família de Traugott Julio Lange, evangélico, adquiriu o lote quatro. Ele comprou de João Moring.
Não há informações sobre Lemos e Machado, mas é provável que residiam em Rio Pardo. Assim, os pioneiros do Arroio Grande são Andreas Berlt, João Moring, Heinrich Filter, Henrique Welsch, Adão Schirmer e Traugott Lange. Outro morador antigo foi o comerciante português Agostinho Antônio de Barros, mas ele não consta neste estudo.
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Pesquisa: Gazeta do Sul, 14/1/1995.